
Defesa Civil
27 fevereiro, 2023
CRAS de Bonfinópolis de Minas desenvolve projeto “Colcha de Retalhos”
9 abril, 202360 anos de Emancipação Política de Bonfinópolis de Minas: venha conhecer um pouco de nossa história

60 anos de Emancipação Política de Bonfinópolis de Minas: venha conhecer um pouco de nossa história
“Bonfinópolis 60 anos – o melhor presente é viver aqui”. Nesse dia 01 de Março, Bonfinópolis de Minas completa 60 anos de Emancipação Política. Por isso, a Prefeitura Municipal de Bonfinópolis de Minas fará uma homenagem nas redes sociais contanto um pouco da nossa história, fatos marcantes e sobre as personalidades que contribuíram para a construção de nossa querida cidade.
Por essa data tão especial, vamos retratar através de fotos nossa história, para que ela seja lembrada sempre, resultado de muitas conquistas, dedicação e esforços de vários bonfinopolitanos. Então, acompanhe nossas redes sociais e venha conhecer mais, e comemorar junto com a gente esses 60 anos de grandes conquistas e realizações.
1º Prefeito: Antônio Batista e José Julião Ovides (1963/1966)
Baiano de personalidade marcante, referimos in memorian que as ações do seu governo, considerando que várias se perderam os registros históricos pelo desgaste do tempo, além de que tudo tivera que ser criado, era recém-criada a necessidade de uma estrutura básica à Municipalidade. Dentre elas, destacamos: Instalação do Gerador Energia a motor; Construção da Ponte suspensa de madeira na Melancieira sobre o ribeirão Santa Cruz na divisa dos municípios de Bonfinópolis de Minas com Santa Fé de Minas, projetada pelo engenheiro João Augusto Pinheiro; Início da construção do atual prédio da EECU. (Texto: Nunes de Souza)
2º Prefeito: Hamilton Campos Valadares e José Amaro Brandão Filho (Sr.Zé Roxo) (1967/1970)

Eleito Prefeito adquiriu para a Prefeitura as primeiras máquinas (trator, patrol e veículos). Abriu diversas estradas e construiu pontes, além de equipar a sede administrativa do Município. Paralelamente às obras de infraestrutura, sua administração cuidou da construção e instalação de escolas e da assistência à saúde pública. Mas atribui-se que sua principal ação política fora a luta pela emancipação política do Município. In Memorian, a atual administração, congratula-se com seus familiares. (Texto: Nunes de Souza)
3º Prefeito: Sebastião Luiz Brandão e Horgentino da Silva Leão (Sr. Ipe) (1971/1972)
Descendente da tradicionalíssima família Bonfinopolitana dos “Bois”” suas ações pelo curto período de mandato, apenas 02 anos, mas se nos dias atuais, temos água canalizada e tratada, devemos lembrar que tudo iniciou no seu governo, construindo as imensas caixas d’água para distribuição pela cidade. Além de ter praticado na sua vida pública uma grande contribuição à causa da Justiça, sendo recentemente agraciado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais com a Comenda “Desembargador Hélio Costa” . (Texto: Nunes de Souza)
4º Prefeito: Moacir Serafim Borba e Joaquim Agostinho de Oliveira (Sr. Zé Português) (1973/1976)
No seu governo, os Bonfinopolitanos puderam usufruir dos benefícios advindos com a chegada da Energia Elétrica (Departamento de Água Energia – DAE – CEMIG) que até então vivia sob a fraca luz de produzida por motor movido a óleo Diesel. Também ampliou o sistema de captação e distribuição de água na cidade; construiu diversas escolas rurais, destacando que as séries finais do ensino fundamental (o Ginasial 5ª a 8ª séries) antes criadas pelo Professor Emil Prieds e Dr. Reinaldo (ginásio Santa Cruz), não existiam na rede pública municipal, sendo necessário o Município comprar o Ginásio Santa Cruz que era particular e disponibilizar aos estudantes. Também foi no seu governo a instalação da EMATER.(Texto: Nunes de Souza)
5º Prefeito José Henrique Brandão e Nilton Bezerra (Sr. Niltão) (1977 a 1982)
Eleito por um mandato de 04 anos, fora estendido por mais 02 anos, para coincidirem com as eleições gerais do País. Dentre as ações que marcaram o seu governo destaca-se a “Criação da Escola Municipal Aluísio Barbosa de 2º Grau” que naquele tempo era considerada uma grandiosa formatura, sendo que muitos Bonfinopolitanos tiveram que deslocar a Patos de Minas, por ser Superintendência Regional de Educação e Saúde, se quisesse continuar os estudos secundários. Também foi no seu governo a aquisição do Prédio próprio da Prefeitura, adquirido com recursos próprios, que atualmente traz o nome de Palácio Hamilton Campos Valadares.
Foram instalados em sua gestão o IEF (Instituto Estadual de Florestas), IESA (atual IMA) e a SUDECOOP (Superintendência de Cooperativismo). Também no seu governo na parceria com a RURALMINAS (Planoroeste II), foi construído o atual Posto de Saúde do Município.
Foi em sua gestão a instalação da CASEMG (Companhia de Armazéns e Silos de Minas Gerais), realizando a doação de 50mil metros quadrados de terreno para a companhia. Aquisição de 500 lotes com recursos próprios que atualmente é o Bairro Jardim Cinelândia. Criação dos distritos de Dom Bosco e Natalândia. Transformação do Posto de Correios em Agência de Atendimento. Captação dos sinais de televisão e telefonia através das torres de transmissão situadas na Serra do Boqueirão. Contribuiu também em sua gestão na implantação da extensão de série na Escola Estadual Cândido Ulhoa. Outra conquista foi a instalação da agência do Banco CREDIREAL (os gastos com adaptação retornaram aos cofres públicos em medicamentos). (Texto: Nunes de Souza e Wesley Gomes)
6º Prefeito José Alves Babilônia e Dercílio Duarte Melgaço (1983 a 1988)
Também com o mandato definido de 06 anos, agora para (descoincidir) com as eleições estaduais e federais. Seu governo foi marcado por uma política voltada para os Distritos e Vilas, sem se descuidar da sede. Destaca-se a implantação do Banco do Brasil; completo sistema de telefonia fixa DDD e DDI disponível a todos os usuários através da TELEBRASILIA, como também sistema moderno de som e imagem de TV via satélite. Primeira obra de asfalto na cidade na Avenida Argemiro Barbosa da Silva, ampliação de escolas que no seu governo alcançou a marca de 32 escolas em pleno funcionamento. Falecido há pouco tempo, suas marcas in memorian fazem parte deste sexagenário de emancipação de Bonfinópolis de Minas. (Adaptado: Nunes de Souza)
7º Prefeito Sílvio Canuto Vargas e Báuer Souto Santos “Baurinho” (1989 a 1992)
Com grande experiência municipal, quando assumiu a Prefeitura tinha 08 anos de serviços prestados e suas metas principais era dar continuidade ao progresso que o Município tinha experimentado. Destaca-se o seu esforço no processo de Municipalização do Sistema de Saúde com o advento do SUS, sendo o 1º Município de Minas Gerais a assinar o protocolo de intenção junto ao Governo do Estado. Construção da Escola E. Dercílio Duarte Melgaço (na ocasião era estadual); conclusão da obra de construção do Terminal Rodoviário. Aquisição do Imóvel para instalação do Fórum e elevação de Bonfinópolis de Minas à Comarca. (Texto: Nunes de Souza)
8º – Prefeito Mozar Borges Pereira e Sebastião Bernardes da Silva “Tião da Marieta” (1993 a 1996)
Ex-Vereador pelo Distrito Dom Bosco, Mozarinho chega ao cargo de Chefe do Executivo Municipal demonstrando a força política que tinham os Distritos. Deixou sua marca com a realização que considera a mais importante, que foi a realização do 1º Concurso Público Municipal para o provimento de cargos e salários da Prefeitura de Bonfinópolis de Minas; apoio no transporte de estudantes do Ensino Médio de Dom Bosco para Bonfinópolis de Minas e aquisição de ônibus para o transporte escolar municipal; apoio irrestrito no processo de emancipação dos Distritos de Dom Bosco e Natalândia. (Texto: Nunes de Souza)
9º/10º Prefeito Eustáquio Pereira da Cruz e José Henrique Brandão (Zé Buriti) (1997-2000/2001-2004)
Foi Vereador e ex-Presidente da Câmara Municipal, Chefe de Gabinete do ex-Prefeito Mozarinho. TATACO foi o primeiro Prefeito reeleito do Município e governou tanto no Séc. XX quanto no Séc. XXI. Dentre as realizações do seu governo, destaca-se a aquisição do imóvel para criação e instalação da APAE; Instalação da Comarca e criação do Cartório Eleitoral; Parceria com SERVAS – Serviço Voluntário de Ação Social para a construção do Centro de Convivência da Sociedade São Vicente de Paula; Ampliação do sistema de Eletrificação Rural e Distribuição de Tratores às Comunidades através de Emendas parlamentares. Construção de Ponte de Concreto no Rio Santa Cruz, na região denominada Melancieira. Criação da Defensoria Pública no Município. (Texto: Nunes de Souza)
11º/12º Prefeito Pe. Luiz Araújo Ferreira e Gilberto Antônio de Lima “Gilbertinho” (2005-2008/2009-2012)
De formação teológica, substituiu o estimado Frei Humberto, ficando à frente da Paróquia Senhor do Bonfim por 03 anos. Eleito Prefeito de Bonfinópolis de Minas na sua primeira gestão aos 33 anos de idade, sendo também reeleito Prefeito Municipal em 2008. Suas ações visavam melhorar a autoestima da pessoa humana e a qualificação profissional, destacando, dentre outras, o apoio na manutenção do Ensino Superior, com graduação de 01 turma de Normal Superior e outra de Técnico de Enfermagem através da FAESB/UNIPAC; parcerias com a FINOM, IFTM Campus Paracatu, Inst. Federal Norte Minas – Campus Arinos, Unitins – cursos Serviço Social e Administração. Estímulo e apoio técnico aos agricultores familiares para produção e comercialização dos seus produtos para a Merenda Escolar e a implantação do ticket-feira para os servidores municipais. Redução do déficit habitacional urbano e rural. Em Março de 2012 ficou classificado entre os 30 melhores Prefeitos de Minas Gerais na VII Edição do Prêmio Prefeito Empreendedor Presidente JK promovido pelo SEBRAE. (Texto: Nunes de Souza)
13º e 14º – Prefeito Donizete Antônio dos Santos e Antônio Carlos Brandão com mandato 2013/2016 e reeleito para o mandato 2017/2020, com o vice-prefeito Dirson Alves Ferreira (Ferreirão).
Teve os mandatos voltados para políticas de bem-estar social, com os slogans “Bonfinópolis, cada dia melhor” e “Bonfinópolis, quem ama cuida”. Logo no início do governo lançou o Programa Pacbom, com a moeda “Fróis”, como forma de valorizar o comércio local. Implementou políticas de construções e melhorias de casas na zona rural. Foram mais de 50 casas construídas ou reconstruídas, através do Programa Minha Casa Minha Vida Rural e Programa de Combate à Doença de Chagas. Ainda em apoio à zona rural, implantou os programas Irrigabom e Frutibom, de apoio os produtores rurais, além de destaque na regional do Senar, como município parceiro na capacitação e qualificação do produtor rural.
Na zona urbana, teve destaque a conclusão da creche Dona Josina, do Programa Pró-Infância, do Governo Federal, asfaltamento de diversas ruas nos bairros Frei Humberto, Brasilinha e Primavera e no Povoado Riacho das Pedras e, principalmente, com a construção da nova sede da Prefeitura, que virou um marco na cidade, pela localização e modernidade da construção. Com a mudança da sede da Prefeitura, a antiga sede foi transformada na sede da Delegacia da Polícia Civil.
Os governos foram marcados ainda por melhorias das estradas vicinais, com construção de diversas pontes em concreto armado, com destaque para as pontes de acesso ao Povoado Riacho das Pedras. Preocupado com a preservação das nascentes, Bonfinópolis foi pioneiro no Zoneamento Ambiental e Produtivo – ZAP, elaborado em parceria com o Sebrae e Irriganor (Produtores Rurais). Com o trabalho, o município foi beneficiado com projetos de preservação de nascentes na micro bacia do córrego Riacho das Pedras, em parceria com a Agência Peixe Vivo e Comitê da Bacia do Urucuia e Paracatu e do Ribeirão Almas, através da Codevasf.
15º (atual) – Prefeito Manoel da Costa Lima e vice-prefeita Fernanda Oliveira de Jesus Braga
Sendo a 15° gestão municipal, a Administração 2021 a 2024 é composta pelo prefeito Manoel da Costa Lima e a vice-prefeita Fernanda Oliveira de Jesus Braga. Com experiências na gestão pública, ambos já atuaram no legislativo em gestões anteriores em prol de Bonfinópolis de Minas. Com o lema “Bonfinópolis no coração da gente” a administração tem feito importantes ações para o município. Foi nessa gestão a inclusão do município na área da Sudene, o que coloca Bonfinópolis na lista de municípios com benefícios no enfrentamento da seca, solicitação que iniciou-se na gestão anterior. Na educação, reforma e ampliação das escolas Dercílio Duarte Melgaço e Getúlio Vargas, apoio à oferta de cursos técnicos com a criação do Polo Avançado. Outra marca da gestão é a valorização do bem-estar e saúde da população, seja através de ações que promovam as práticas e atividades físicas (capoterapia, pilates e karatê), seja na implantação de mais serviços médicos, com ampliação do quadro de especialidades.
A gestão vem trabalhando na recuperação de importantes vias como a recapeamento das ruas Vereador João da Palma, Avenida José Amaro Brandão e Avenida Aristides Leão, além de realizar obras de recuperação das estradas rurais e construção das pontes do Sapateiro e Ponte do Furado do Engenho. Merece destaque também a aquisição de vários veículos e máquinas, através de emendas parlamentares ou com recursos próprios, disponibilizados para as várias secretarias da municipalidade.
Outra ação é a Clínica Espaço Mais Saúde Geralda Carmem, que contará com consultórios, salas de fisioterapia e piscina de hidroginástica, cuja construção está em andamento. Recentemente, no respectivo dia do aniversário de Bonfinópolis de Minas (1° de Março) aconteceu a inauguração do CAPS (Centro de Apoio Psicossocial) que atenderá, além de nossa cidade, Riachinho, Dom Bosco e Natalândia.
Chegada da Luz elétrica ao município:
Instalação do padrão popular de energia, beneficiando as famílias de baixa renda do município. Na foto a seguir, o prefeito José Henrique Brandão juntamente com a Sra. Josefa (proprietária) e um representante do DAEE (Departamento de Água, Energia e Esgoto) no momento de ligação do padrão de energia.
Sr. Jair Gurgel e Dona Dina:
Jair Gurgel do Amaral e Osvaldina Fernandes da Costa, popularmente conhecidos como Sr. Jair Gurgel e Dona Dina, vieram de São Gonçalo do Abaeté em 1967, com 3 filhos, onde iniciaram o comércio – a Casa Amaral. Aqui tiveram mais 5 filhos, totalizando 3 homens e 5 mulheres. Foram um dos primeiros comerciantes de nossa cidade. A Mercearia ou “Bar do Jair” era um importante ponto de encontro para quem chegasse à cidade. Era comum observar os vários carros e cavaleiros à frente do seu comércio. Um ambiente que representava a tradição das vendas mineiras das décadas de 80 e 90; possuía em seu interior itens muito curiosos e inusitados (como utensílios antigos, berrantes, ferraduras, chifre de veados, etc). Outra lembrança marcante da venda é a colagem das cédulas de dinheiro antigas (como forma de decoração) nos caibros da varanda que estava em anexo ao seu comércio, varanda esta, que eram colocadas as mesas do bar, um local que rendia bons “causos”. Localizada na rua do Comércio, a venda do Sr. Jair Gurgel sempre ficava cheia. Dona Dina auxiliava na venda, produzindo os salgados e doces que eram comercializados. Em 27 de julho de 2006, ocorreu o falecimento de Sr. Jair Gurgel; mesmo assim, Dona Dina continuou o comércio por pouco tempo, quando veio a adoecer, falecendo cerca de 10 anos após a morte de seu esposo.
A venda do Sr. Jair Gurgel sempre é lembrada, ficando aqui registrado nesse projeto memória, ” 60 anos de Emancipação de Bonfinópolis de Minas – O melhor presente é viver aqui”. Texto: Wesley Gomes.

Pensão Nossa Senhora Aparecida:
O prédio na foto trata-se da construção feita pelo “forasteiro” Sebastião Machado que residia na parte superior e tinha um comércio na parte inferior do prédio. Posteriormente, a propriedade passou a ser da Sra. Maria de Paulo. A Sra. Maria de Paulo transformou o local numa pensão denominada “Pensão Nossa Senhora Aparecida”, oferecendo o serviço de hotelaria e refeição aos visitantes, sendo um dos pioneiros do gênero. O Sr. Belchior adquiriu posteriormente com a finalidade de depósito de material de construção. A Pensão N. S. Aparecida estará sempre presente na memória de todos os bonfinopolitanos. Contribuição do texto: José Henrique Brandão
Foto da construção da Unidade de Saúde
A foto mostra a Unidade Ambulatorial (atual UBS Centro), construída na Rua Manoel Luiz Brandão, esquina com a Avenida Tenente João Bispo, construída com o convênio com a Ruralminas no Governo de José Henrique Brandão (gestão 1977 a 1982), dotada de laboratório e equipamentos de urgência.
Frei Humberto Van Teijiling –
Nascido em Tilburg na Holanda em 07 de abril de 1917, desembarcou em Santos-SP, no dia 19 de dezembro de 1933, com apenas dezesseis anos de idade.
Em Janeiro de 1935 emite os votos religiosos na Ordem do Carmo e, após os estudos superiores eclesiásticos em São Paulo, é ordenado sacerdote aos 24 de novembro de 1940. Foi vigário de Guararema (SP), cooperador de Catedral de Paracatu, residiu ainda nos conventos da Bahia, Itaim-Bibi, Angra dos Reis, Vicente de Carvalho, Mogi das Cruzes. Foi vigário na cidade de Vazante e posteriormente em Bonfinópolis de Minas.
A criação da Paróquia de Nosso Senhor Do Bonfim de Bonfinópolis de Minas por ato oficial se deu, no dia 25 de janeiro de 1963, através de decreto de Dom Raimundo Lui, Bispo Diocesano de Paracatu provisionando como vigário Frei Humberto Van Teijlingem.
Em abril de 2001, com 84 anos, por muitas vezes manifestou o interesse de que em Bonfinópolis é que queria ser enterrado, mas retorna para sua terra natal Holanda, onde passa a viver num Convento da Ordem, para padres e religiosos idosos, contando com uma excelente assistência médica hospitalar. Seu falecimento ocorre no dia 26 de junho de 2004 na Holanda, com 87 anos de idade, sendo 64 anos de sacerdócio e uma vida toda dedicada a igreja e aos menos favorecidos.
Mais recentemente recebeu como forma de homenagem a denominação de um bairro construído através do programa habitacional Cohab e Caixa, assim denominado de Conjunto Frei Humberto. (Texto: Wesley Gomes e Nunes de Souza)
Comércio do Sr. Antônio Amaro Brandão
Comércio do Sr. Antônio Amaro Brandão (popularmente conhecido como Tõe de Zé Roxo). Construção feita pelo turco Ali Nassif no ano de 1959, sendo possível visualizar esse registro na fachada da construção, onde funcionava um comércio de tecidos. Foi posteriormente alugado para o Sr. Antônio Batista (1º prefeito do município) que deu continuidade às atividades.
Logo após, foi adquirido para o Sr. José Amaro Brandão Filho, e depois para seu filho, Antônio Amaro Brandão (Tõe de Zé Roxo).
A receptividade e a alegria de Tõe de Zé Roxo ao atender seus clientes e amigos será sempre lembrada, e por isso, homenageamos esse importante comerciante nos 60 anos de Bonfinópolis de Minas.
1ª Sede da Prefeitura Municipal
Era a praça da prefeitura municipal. Bonfinópolis de Minas anos 70. A frente da prefeitura dava para o sul, criando com o desvio da Av. Tenente João Bispo, uma grande e acolhedora praça onde aconteciam as solenidades da cidade tais como: posse de prefeitos, comícios, comemorações cívicas e outras. No 7 de setembro havia um rigoroso desfile com ponto de saída na Cândido Ulhôa e desfecho nessa praça, onde ocorria o clímax da comemoração. As apresentações eram belas, não creio ser saudosismo não, eram belas mesmo. Haviam ginastas lindas com sapatilhas de bailarinas, saias curtinhas por cima de um short branco e com movimentos espetaculares que deixavam a plateia extasiada. O palco era uma enorme lona colocada sobre a palha de arroz espalhada cuidadosamente no chão de barro puro. Era o teatro da nossa infância/adolescência. Era tudo tão imenso! Tão lindo! Seria a infância uma lente de aumento nos proporcionando ver o pequeno como se fosse grande, ou seria a ansiedade e a velocidade da vida adulta atual nos obrigando a uma ótica reduzida do que verdadeiramente é grande e belo? Quanta saudade! Eu estava perdido no meio desses meninos, ansioso pelo sanduíche com o guaranazinho que seria servido no final, até hoje ainda gosto do guaranazinho com a tampa furada, kkkkkk.
Publicado por Elias Lourenço em 22 de abril de 2013.
Ananias Ferreira de Araújo
No ano de 1963 em que Bonfinópolis de Minas se emancipava atraindo novos moradores, exatamente no dia 16/12/1963, chegava um jovem casal, cheio de sonhos: Ananias Ferreira de Araújo e Maria da Glória Prates. Aqui tiveram e criaram seus 6 filhos contribuindo também para o desenvolvimento da história de Bonfinópolis de Minas.
Sr. Ananias atuou como Vereador e membro em Associações e movimentos que engrandeceram o Município. Desenvolveu projetos para o bem comum e buscou sempre melhoria para todos. Exaltou o esporte da época incentivando e valorizando o esporte com crianças e jovens.
Sr. Ananias era vicentino atuante por amor e dedicação. Foi Presidente do Conselho Central da SSVP, Presidente da Conferência e membro ativo do Centro de Convivência onde considerava os residentes como seus familiares. Por eles tinha o maior carinho, cuidado e zelo. Durante muitos anos foi “dentista prático”, inclusive do saudoso Frei Humberto, e independente do horário, estava sempre à disposição para aliviar as dores de todos que o procuravam. Sr Ananias passou por essa vida e deixou bons exemplos. Bom como marido, pai, amigo, profissional competente e sempre pronto para servir, Sr. Ananias deixou saudades!
Texto: Maria da Glória Prates
Festa das Lajes

A Festa das Lajes é uma comemoração religiosa tradicional realizada em Bonfinópolis de Minas, no Povoado de Lajes. Foi uma das primeiras manifestações culturais do município, uma vez que Bonfinópolis de Minas começou a se formar onde hoje é o Povoado de Lajes, distante a 40 km da Sede.
A primeira festa foi realizada por volta do ano de 1865, quando a Igreja das Lajes (primeira igreja do município) terminou de ser construída. Desde então, a festa tem valor histórico não só para o município, mas também para os moradores, pois ela agrega a história de seus antepassados nos costumes e rituais que são passados de geração para geração. A Festa das Lajes tem ainda uma representatividade religiosa muito forte para o povoado, pois é o momento em que os moradores exercem sua fé e sua espiritualidade, louvando os santos de sua devoção.
A Festa das Lajes tem ainda uma grande importância social, pois atrai visitantes de todas as comunidades de Bonfinópolis de Minas e de municípios vizinhos, promovendo o enriquecimento da cultura através da interação entre as pessoas. Devido à visibilidade que ganhou ao longo dos anos, a Festa das Lajes hoje recebe o apoio não só da comunidade do Povoado de Lajes e da Paróquia Senhor do Bonfim, mas também da Prefeitura Municipal de Bonfinópolis de Minas e da Câmara dos Vereadores.
Texto: Arcanja da Cruz Oliveira.
Prof.ª Maria Martins Souza (Bia)
Maria Martins Souza. Quem? Bia, sim…tia Bia…Mãe Bia.
…para os seus e, para os que nem parentes eram. Mas era assim que a generosidade, era carinhosamente chamada. Nome pequenino, mas com significado GIGANTE. GIGANTE na determinação (sonho de curso superior adiado, por vezes, mas concluído com sucesso, usando o período das férias escolares para estudo). GIGANTE nas amizades e no ato de doar (acolhia a todos, ajudava a todos, presenteavam – nos com suas guloseimas – perita na arte de cozinhar e canja para as mamães necessitadas, no hospital não podia faltar). GIGANTE na luta do aprendizado e pelos direitos dos alunos (a professora enérgica e doce) GIGANTE na vida (a antítese, agora, se faz mais presente: lembrou tanto dos outros que de si mesmo se esqueceu), mas lutou bravamente…e se eternizou em seu filhos e naqueles que a amam.
É Bia… Devemos a você o legado da leitura, do uso do dicionário, da letra “maravilinda”. Devemos a você o legado da grande mãe, amiga e companheira.
Devemos, ainda, o legado da professorinha – como bem cantamos em 15/8/99 – forma carinhosa de parafrasear a imensidão do seu saber! Obrigada! Bonfinópolis é melhor com sua história. Que saudades da professorinha!!! *10/3/47 +15/8/99)
Texto: Maria do Socorro Coimbra Rodrigues Peixoto
07 de setembro de 1970

Era 07 de setembro de 1970, logo ao fundo é possível observar a Escola Estadual Cândido Ulhoa, recém construída, na Rua Dom Eliseu. Na foto, o registro dos alunos da Escola Municipal Aloísio Barbosa da Silva, de 1º. Grau e da Escola Estadual Cândido Ulhoa, séries iniciais, que participavam do desfile, sob a orientação do instrutor, o saudoso Cabo Cardoso (pai do Sargento Cardoso), que desde os primeiros dias de ensaios até na realização da “Parada Cívica”, como era chamada, um dos responsáveis pela realização do evento que marcava o 7 de setembro daquele ano.
Apenas quatro instrumentos musicais fazia a percussão do desfile: o senhor Nilton Bezerra, no bumbo; Admar Simões, surdo; Ananias de Araújo e Baianinho, nos tarões. Na “linha de frente”, formada por portas bandeiras, dos alunos da Escola Municipal Aloísio Barbosa: Zulma Leite, Iva Loscha e Marlene Lourenco. Logo após, o grupo masculino composto por: Floriano Terêncio, Sebastião Marques e Orlando Brandão.
Deixo aqui os meus agradecimentos em especial ao Sr. Orlando Brandão, que contribuiu muito para a Bonfinópolis de Minas, minha admiração como pessoa, e cidadão bonfinopolitano, desempenhando sua atividade de comerciante por muitos anos e pela atividade de fotógrafo, que, através de seus registros, possibilitou eternizar lembranças, através de imagens.
Obrigado pelas informações que possibilitam resgatar as lembranças desse momento tão importante de Bonfinópolis de Minas.
Contribuição das informações: Orlando Brandão
Texto: Wesley Gomes
Rua Abílio Moreira
A rua é a Abílio Moreira. Quem foi o adstrito para ela, não sei, mas daquela rua eu lembro bem.
Ainda era calçada por aquelas pedras em formato de paralelepípedos, que desafiava as pessoas a passarem correndo que por conseguinte tropeçava entre um vão e outro.
Eu carregava um fogão industrial de Alaíde, na bicicleta cargueira amarela de papai. Ia levar para casa para lavarmos e arrumar as chamas que estavam entupidas pelo tanto de uso que faziam na confecção de tira gostos e massas de pizza da sorveteria K-entre nós.
Tive que passar no Tião Fazendeiro para comprar um pouco de ração para meu cachorro que pela primeira vez era de raça. Quem havia me dado foi senhor Ananias. A raça era Akita Inu. Todas as crias nasciam brancas, não sei se por sorte ou azar o meu era cinza. Tião era a referência para todos os problemas voltados à agricultura, horticultura, hospitalidade e por aí vai! Achei estranho quando ele resolveu se aposentar.
Aquele quarteirão não foi mais o mesmo. Entre uma trepidação e outra da rua, seguia a minha volta pra casa observando os comércios de lá.
A rua é a Abilio Moreira. No comercial Caçula, tinha do lado de fora, encostadas na parede, umas vassouras de palha, que era de confecção de vovô. Eu até ajudei amarrar algumas! E eram postas à venda, ou trocadas por feiras mesmo. Passei em Ermito e o avisei que logo mais à tarde, voltaria lá para cortar meu cabelo. Era uma correria só. Passei em frente ao senhor Orlando cunha, e sobre os paralelepípedos, tinham uns couros de gado, que o pessoal dos açougues, da rua mesmo, ou de outros, haviam deixado lá, para que depois de tratados e secos, se transformassem em selas, capas, laços, pelas engenhosas mãos daquele seleiro conhecido em toda a região.
Senhor Zé Pequeno já havia morrido, mas ainda estava de pé aquele cômodo de portas de madeiras, que por um bocado de tempos havia sido seu comércio e que eu e sua neta Ana Cristina havia frequentado, quando crianças. Há!! Gê Silva estava na esquina, tocando sanfona e cantando, exercitando a voz para mais tarde ir ao comício. Era normal isso por lá.
Tinha Derci da Loja…Antônio do açougue…Anastácio da ambulância, que me chamava a atenção com sua roupa branquinha. Tinha o pai de Adelino, a Tonha da Loja. Os pais de Senhorinha e todos os familiares! Duca! Na esquina com a São José, o comercio era de “Durico” que sobre o balcão tinha exposição de doces e balas naqueles porta balas giratórios.
A rua é a Abilio Moreira. Caramba! Já cheguei aqui na esquina do poliesportivo, no bar de Chico Cigano. E olha quem eu vejo tomando uma pinga. – papai!
Para onde eu estava indo mesmo? Não moro por aqui. Me lembrei de tudo e todos da rua Abílio Moreira. Pelo caminho, cruzei com algumas personalidades marcantes da cidade que não me recordo ao certo quem. Mas cruzei! Resolvi voltar rua abaixo para ver se me recordava para onde deveria ir.
5:00h! DESPERTADOR TOCOU! Arrumei-me e propus ir trabalhar, depois de viver tão bonito sonho. Mais uma vez fui pego por uma das melhores partes da minha vida! Resolvi antes, registrar tudo. Talvez no futuro, não relembre com tanta exatidão e aqui ficará gravado. A diferença é que hoje o progresso vai a todo vapor. Paralelepípedos não se veem mais. Mas a rua continua lá,outros personagens até. Mas! A rua é a Abilio Moreira.
Escrito e publicado por Amaury Filho em 4 de agosto de 2018.
Cesec Esméria Maria do Carmo
Plagiando Bráulio Bessa…. Para falar sobre o Cesec Esméria Maria do Carmo ou simplesmente supletivo…
Então eu disse: #Gratidão #Honraria.
Eita história bonita e não é para “rasgar chita” que passo agora contar… Cesec Esméria Maria do Carmo de Ensino Fundamental e Médio – pioneiro da Educação de Jovens e Adultos em Bonfinópolis, com ensino atraente, desde 1985, dando a oportunidade iguais àqueles que a vida deu caminhos diferentes.
É tão importante o Cesec, que três datam marcam seu caminhar: 2/4/84 duas funcionárias em adjunção – Silva e Juvercina – o desafio tem de iniciar 27/11/85, pela Lei municipal – 309 como UES passar a funcionar e, finalmente, em 11/3/87 – como Escola Estadual se firma a atuar e, professores diversos seu nome, sempre a honrar.
O tempo passa… Importantes mudanças acontecem, cria-se o nome UES, depois o cognominam CESU, e, para marcar a história, como CESEC se firmou, mas que, carinhosamente SUPLETIVO, nossa mente memorizou.
E, para nobreza maior, essa escola gigante, a primeira professora do município homenageou e seu nome, Esméria Maria do Carmo se registrou. Tínhamos aí uma Escola Estadual, em parceria com o governo municipal e sua percussora, seu nome na história do Cesec, como 1ª diretora eternizou: Silva Maria Vargas que por 7 anos atuou e, com sua experiência muito nos ensinou.
O Cesec cada vez mais procurado e respeitado, seu espaço, em nossa cidade conquistava e o tempo de descobertas acentuava. Hora de descanso para nossa diretora – que se aposentava…
E como professora respeitada de Ciências, conquistava, agora, o cargo de direção: Consueila Maria Alves; que com imenso amor pela filosofia do Cesec – de 91 a 97 – ela comandou, com marcas de humanidade seu exercício desempenhou com louvor. Nesse interim, Nelva e Vânia – em substituição também passaram pela direção.
Nosso time de funcionários não abria mão da nossa escola ser a diferenciada e, assim, o Cesec se firmava em nossa cidade e municípios da região.
Mudança precisa ser feita para ideal novo surgir, Maria do Carmo Gontijo Alves Campos, assume a direção, e tem de 1997 a 2007, esta como missão. Marcas registradas de Tita, no Cesec, ficaram as festas magníficas, a luta para manter o Cesec ativo, o entrelaçamento dos Cesecs; assim seu trabalho exerceu com glória, a respeitada professora de História.
O ciclo do ensino e da vida tem o mesmo trilhar, um se encerra para outro começar, e assim, mais uma Maria do Carmo, conceituada supervisora na direção está, e, de 2007 a 2015 seu potencial veio apresentar. Como diretora do Cesec fez-se notar-se, mas a entendedora de leis tinha muito mais a estruturar. E, Magda Rodrigues Silva Oliveira, em substituição, deu sua contribuição e nos mostrou o que era organização.
Mulheres fortes e determinadas, por um ensino, ainda, mais avançado e diferenciado, todas, a seu modo, deram seu “recado”: Um olhar especial à educação, estas, fizeram… Honrando à profissão.
E assim, passo a passo, direção a direção, os sonhos começam a realizar: campanhas, idas e idas a SRE e a SEE, escritas e mais escritas de cartas e ofícios a deputados, reuniões, pareceres, tudo no mesmo objetivo que o Ensino Médio fosse autorizado e, olhe ele aí… Exatamente no dia 9/1/10… Risos, manifestações e fala na rádio local para comunicar nossa meta primordial – O Ensino Médio no Cesec, agora era real e há tempos se fazia fulcral.
Mas o Cesec é de ensino múltiplo, atinente a isso e nesta seara, o tempo não para, mais um tipo de ensino é contemplado e, assim, Pronatec/Informática é instalado e, de 2013 a 2014 o Cesec fica alargado com tanto aluno circulando, emanados num só pensamento: a busca pelo conhecimento.
Abre-se aqui um espaço para falar das aposentadorias… Oh meu Deus… Como sentíamos, como chorávamos, quanto vazio cada um deixava, mas ao mesmo tempo como também contávamos os dias para que a nossa também chegasse – eu quem o diga – mas cada aposentadoria também nos remetia a festas boas, dos presentes que todos recebiam – e um novo ciclo e vaga se abriam … no fim tudo valia….
Há que se abrir um parêntese enorme, para dos projetos relembrar: Festas Juninas com Rainha (ruas/quadra/churrascaria), Desfiles 7 de setembro, feiras, salas temáticas, e, das reuniões infindáveis, dos cursos em outras cidades, das xícaras, dos cursos de manicure/pedicure, pintura, costura e, tantos outras; mas, na nossa doce memória, “O Cesec e suas delícias” vai sempre eternizar, porque as farras, a distribuição de tarefas, eram de arrepiar e as gostosuras tinham que na mesa – bem ornamentada – em beldades se transformar, para bons lucros nos ofertar.
Ciclos – de origem grega – algo que se renova de forma constante… Então somos fenômenos cíclicos, e, eis que o, ciclo da diretoria entra em ação e, em 2016, as Marias – as guerreiras mulheres abrem espaço para o homem Ubirajar/ Bira – o Bendito o fruto da direção do Cesec aparece para deixar sua marca registrada – as mudanças ousadas e, agora em 2019, se lança para mais uma jornada, o excelentíssimo professor de Matemática com a missão de delegar poderes a 19 servidores e 380 alunos…ele encara a empreitada.
Estes entusiastas e comprometidos servidores, no mais amplo sentido – que é respeitar as diferenças e o ritmo próprio para a aprendizagem se realizar, como também, ajudando-os, às dificuldades superar, seja no Português e Arte com Arlete e Neusa Simões; Inglês com Elke; História com Elisabeth; Geografia com Elneir; Matemática com Lucivânia e Delci; Biologia com Eliane; Química e Física com Ana Beatriz; na biblioteca com Eliete; na Secretaria com Leandra, Senhorinha, Neusa e Grace; nos ASB com Terezinha e Corrinha; e, na supervisão com Isa e , outros tantos a substituir. Quadro de servidores, este que deve se honrar e, em nome deles, todos os outros que, por dias, meses, anos ou décadas ocuparam estas funções, há, de sempre na história do Cesec perpetuar – porque “é no sonho que o Cesec, reconhecidamente, é uma escola que “cola” (dá certo) e sempre com sua missão corrobora”.
E para completar o quadro, temos o Colegiado Escolar, com gestação democrática e participativa dá suporte às decisões coletivas. Assim, é o Cesec: educação continuada, sem pressa, com atendimento especial que sobre degrau a degrau e os leva ao pedestal.
Ah! Cesec… Adaptações existem e, às vezes, necessárias, mas em seu caso, já está na hora, de além de construir seu nome na Educação, ter também seu prédio em construção. Afinal… são 39 anos de cessão, mas que não tem sua própria impressão, você vive de adaptação – rogamos pelo bom senso e razão dos órgãos responsáveis da Federação.
Entretanto, não importam os incautos, sua missão será sempre cumprida. Ouçam-na todos, com atenção:
Missão do Cesec
Oferecer aos alunos da Educação de Jovens e Adultos um ensino de qualidade, através de um atendimento personalizado, individual e semipresencial, dentro das metas, pactuadas com a SEE/MG, tendo em vista uma transformação social com sustentabilidade.
Mas essa visão será sempre uma só verdade:
O Cesec é a escola da superação
E por isso, ousei escrever que:
Bonfinópolis abriga em seu seio,
Uma escola com ensino diferenciado
Que tem a nobre missão
De, não só, formar cidadãos
Mas resgatar jovens e adultos
Tirá-los do inculto
Ajudá-los a desafios enfrentar e superar
O Cesec é a escola da vida
Que a primeira professora desse Rincão homenageou
E o nome assim se firmou:
Cesec Esméria Maria do Carmo – registrou.
Esta Literatura de Cordel entra em vigor na data da sua leitura. Arquivem-na. Bonfinópolis de Minas, 22 de novembro de 2019… Tenho dito.
Maria do Socorro Coimbra Rodrigues Peixoto
Silvésia Cândida Maciel Gonzaga
Silvésia Cândida Maciel Gonzaga, filha do primeiro farmacêutico de Bonfinópolis de Minas, Sr. Geraldo Cândido e Celuta Cândida.
Moça que cresceu com alegria e cultivo de boas amizades.
Casou-se com Duguay Gaia Gonzaga, com quem teve os filhos Márcio, Renata, Roberta e Giovana.
Trabalhou com seu esposo no escritório de contabilidade prestando relevantes serviços aos empreendedores urbanos e rurais.
Silvésia tinha um bom hábito de leitura, praticava caridade, bem como a realização de visitas às amizades que cativou.
Foi entusiasta na política, embora em momentos difíceis na ditadura militar, foi uma das fundadoras do MDB no município de Bonfinópolis de Minas.
Participou com êxito na Fraternidade Feminina da Loja Maçônica Nova Luz Bonfinopolitana, que hoje leva o seu nome, cooperando para que a irmandade tivesse uma marcante contribuição à sociedade.
Foi uma militante convicta para o melhoramento e crescimento da cidade.
Faleceu ainda jovem, aos 33 anos, em Belo Horizonte em 14/11/1986, vítima de um câncer.
Em 02/08/1991, foi homenageada com a praça principal, situada a Av. Argemiro Barbosa da Silva, na mesma rua em que residia com a sua família e que ali, ainda permanecem.
É sempre lembrada pela sua doçura, bondade e pelas deliciosas compotas de figo que cativava o paladar dos bonfinopolitanos.
Texto: Vânia Borba.
Rua do Comércio:
SAUDADE DO AROMA DOS ARMAZÉNS DA RUA DO COMÉRCIO!
Armazém, do árabe al_mahazán que significa entreposto, significava na minha infância, lugar de novidade, de coisa gostosa, de cheiros bons que se misturavam! Nunca mais senti aquela combinação de cheiros! Cheiros difíceis de descrever dada a grande nuance de pequenos aromas para um nariz de gente nova e cheia de vontade experimentar: cheiro de açúcar meio úmido em saco de tecido misturado a querosene, hum! Delícia! Cheiro de jornal misturado a balinhas e pirulitos de groselha. Cebola, alho, canela, funcho, álcool, soda, cerveja, bhc, folidol, cibalena, cibazol, guaraná Zago. Sacos de sisal com batatinha, macarrão, arroz limpo quebradinho, tudo isso criava um único cheiro!
Sem contar com enlatados que trituravam a imaginação: sardinha coqueiro, kitut de boi wilson, salsichas viena, massa de tomate elefante, cocada baiana, batatada marrom glacê, marmelada e tantos outros. Mas eu apenas “assistia” nas prateleiras. Bom! Havia um produto que nunca faltava lá em casa (e que eu odiava) e se não tomasse caia no couro: emulsão de Scott.
O armazém era o meu shopping center!
Publicado por Elias Lourenço em 21 de abril de 2015.
José de Macêdo (Zé Pretinho)
Aos 22 dias do mês de Agosto do ano de 1947, no vasto Município de João Pinheiro, localizado na região Noroeste do Estado de Minas Gerais, nasce o cidadão José de Macêdo, o oitavo descendente, dos 09 filhos do casal, o Sr. Antônio José de Macêdo e da dona Maria Gonçalves Torres, que ao se tornar adolescente, recebeu o apelido não pejorativo de ZÉ PRETINHO, sendo assim conhecido por todos os familiares e centenas de amigos.
No ano de 1969, trabalhava na Companhia Santana, com seus 22 anos de vida, jovem saudável, comunicativo, com vontade de vencer na vida, rompe os limites territoriais da sua terra natal, João Pinheiro – MG, que fica distante apenas 157 km da querida Bonfinópolis de Minas – MG, aonde definitivamente chegou para ficar e constituir a sua honrada família, pois, no dia 19 de Dezembro de 1971, no final de mais uma primavera, a mais especial da sua existência, recebe o Sacramento do Matrimônio, e as bênçãos de Deus através do estimado e saudoso Frei Humberto Van Teijlinger, com quem tinha grande apreço e ambos se ajudaram mutuamente.
O casal teve 2 filhas, Geralda Aparecida Rodrigues Macêdo e Raquel Rodrigues Macêdo, e ainda recém-nascido, adotou e registrou como filho, José Cleuton Rodrigues Macêdo.
Zé Pretinho ao lado da sua amada esposa Rosália, participou ativamente dos movimentos sociais e religiosos da cidade de Bonfinópolis de Minas, que adotara como a sua cidade de coração. De 1989 a 1992, exerceu o mandato de Vereador, compondo uma das onze cadeiras à época, do Poder Legislativo Municipal. Foi rotariano e a sua esposa, Dama da Casa da Amizade e da Irmandade do Sagrado Coração de Jesus da Paróquia Senhor do Bonfim. Foi confrade vicentino, do qual exerceu a função de Presidente da Conferência Senhor do Bonfim e do Conselho Particular São Paulo Apóstolo da SSVP e até os últimos dias da sua vida, um apaixonado membro dos Irmãos do Santíssimo. Poucos anos antes de partir, se tornou “de fato e de direito” com todas as prerrogativas legais filhos natos, um cidadão bonfinopolitano, uma vez que lhe fora outorgada pelo Poder Legislativo Municipal a honraria de CIDADÃO HONORÁRIO de BONFINÓPOLIS DE MINAS. Tinha o prazer de ajudar as pessoas mais carentes, com ajuda financeira para comprar remédios, de realizar e ter a iniciativa de campanhas beneficentes as mais diversas, e muitas vezes fora até incompreendido por algumas pessoas, mas jamais desistia de lutar em prol das causas que abraçavam para si.
Na condição de profissional autônomo, desempenhou por longos anos a profissão de mecânico de automóveis, o que no início funcionava num simples galpão, e posteriormente num amplo espaço para o atendimento ao público e uma seção de autopeças, que fora dirigida pela sua esposa Rosália. Zé Pretinho foi um grande incentivador do esporte local, torcedor fiel do Clube Atlético Mineiro – CAM patrocinou vários uniformes e bolas para os times de futebol amador do Município, a maioria das vezes daqueles times que se formavam nas comunidades rurais. Mas, uma marca indelével da sua generosidade era para com todas as crianças, sobretudo as mais carentes que, ansiosamente aguardavam a chegada do Natal para receberem as balas e os presentes do Papai Noel, que não era aquele do polo Norte, mas daqui mesmo. Apoiadores e patrocinadores locais e de todas as partes ajudavam a conseguir o maior número possível de lembrancinhas, para que todas as crianças pudessem levar para a casa esse sentimento e magia natalinos, era realmente emocionante perceber a alegria estampada nos rostos inocentes daquelas crianças. Com o passar dos anos, sua saúde já não era mais a mesma, tendo que redobrar os cuidados e criar uma rotina médica, tanto para si mesmo e para acompanhar a sua amada esposa que era hipertensa e sofria com os transtornos da ansiedade. Faleceu no dia 21 de outubro de 2017, aos 70 anos. Deixamos aqui nossa homenagem ao querido José de Macedo (Zé Pretinho), uma pessoa que é sempre lembrada por todos nós bonfinopolitanos.
Recebeu em 04 de outubro de 2019, como forma de homenagem, o seu nome na reinauguração do Centro de Referência de Assistência Social-CRAS, que passou a denominar, CRAS Vereador José de Macedo.
Adaptado: Nunes de Souza
Escola Municipal Dercílio Duarte Melgaço

A Escola Dercílio Duarte Melgaço iniciou suas atividades em 25 de janeiro de 1985 e está situada à Rua Santa Cruz, 555 no Bairro Jardim Cinelândia. Foi municipalizada em 31 de dezembro de 1997.
Recebeu esse nome em homenagem a um ex vice-prefeito de Bonfinópolis de Minas. Os gestores que direcionaram esta escola foram os seguintes: Edith Palma Borba, Edileuza Santos Vitória, José Edson Loscha, Dêize Matos Bezerra Loscha, José Henrique Brandão, Else Solange Pereira, Ercília Maria de Carvalho, Maria de Lourdes Palma Bezerra Santos, Aparecida Kátia da Silva, Raquel Muniz, Hamurabi Alves e, atualmente, Marly Fernandes.
A Escola Municipal Dercílio Duarte Melgaço é uma escola que faz a diferença por seus projetos inovadores os quais proporcionam ao aluno o ensino de qualidade, resultado de uma prática prazerosa de ensinar e aprender.
Atualmente, essa unidade de ensino integra o Projeto Trilhas do Futuro do Governo do Estado de Minas Gerais, com o funcionamento dos cursos técnicos de Radiologia, Enfermagem e Agropecuária, sendo um polo regional, recebendo também os alunos das cidades vizinhas.
Varanda Verde
Localizado em local estratégico, na esquina da Rua do Comércio com a Avenida Argemiro Barbosa da Silva, logo na entrada da cidade, o Bar Varanda Verde faz parte da história de Bonfinópolis de Minas. O nome deve-se a sua cor marcante: um verde, em seus tons intensos. Desde quando surgiu, no ano de 1988, com seu telhado recoberto por palhas de buritis por vários anos, tornou-se um espaço muito frequentado, nos momentos de lazer e descontração, principalmente nos fins de tarde e finais de semana, para encontrar os amigos, beber e comer petiscos ali servidos. O empreendimento passou pelas gerências de José Henrique Brandão, Paulo Borba, Adilson dos Santos, Sr. Aníbal Ferreira e Sebastião (Tião da Varanda). Foi durante a gerência de Sr. Aníbal que houve a troca do telhado para telhas.
Com vista privilegiada para a Praça Silvésia Cândida e, juntamente com esta, foi cenário para importantes eventos em nossa cidade, como réveillon, carnaval, comícios, festas juninas, apresentações musicais, religiosas, escolares, entre outras. Muito além do que um bar pode representar, essa construção é um ambiente marcante em nossas vidas, pela simbologia, tradição e cultura local.
O Varanda Verde, atualmente, além da atividade de bar, também é restaurante, sendo administrado pela família Peixoto, oferecendo mais uma opção de serviço de refeição aos moradores e visitantes. (Texto Wesley Gomes)
Oscar Moreira Braga
Mineiro de Carmo do Paranaíba, nasceu em 24 de julho de 1927, filho do Sr. Adalberto Moreira Lício e da Sra. Afonsina da Silva Braga. Casado com D. Abadia Maria Braga, o casal teve 8 filhos. Iniciou-se sua atividade profissional na fazenda e, aos 25 anos de idade passou a se dedicar ao comércio. Foi motorista de caminhão próprio, comerciante de secos e molhados e também foi proprietário de um posto de gasolina, na época denominado, Posto Amazonas. Foi eleito na época pelo partido Arena 1, por 118 votos, tendo participado do Congresso de vereadores em Belo Horizonte. Atuou como vereador de Bonfinópolis de Minas, exercendo durante a sua legislatura, a vice-presidência da Câmara Municipal. No dia 28 de abril de 1990, foi homenageado com seu nome, na inauguração do terminal rodoviário de Bonfinópolis de Minas na gestão do prefeito Sílvio Canuto Vargas, na ocasião, tendo como governador do Estado de Minas, o Dr. Newton Cardoso e apoio do deputado federal Dalton Canabrava e dos deputados estaduais Saint’ Clair Martins Souto e Dr. Maurício Guedes Melo.
Escola Municipal João Luiz dos Santos
A Escola Municipal João Luiz dos Santos, iniciou suas atividades escolares em 14 de fevereiro de 1997, autorizada para funcionar com jardim pré-escolar, ensino fundamental anos iniciais e suplência anos iniciais. Recebeu esse nome a pedido do vereador José Edson Loscha, por se tratar de um homem simples, humilde conhecido e respeitado por todos do bairro. A escola está localizada na rua Augustinha Nazário, nº 105, no bairro Brasilinha, em Bonfinópolis de Minas. Foi construída em 1996, legalizada pela lei municipal nº 15/96 de 10 de dezembro de 1996, assinada pelo prefeito Municipal Sr. Mozart Borges Pereira, dando início às atividades escolares em 14 de fevereiro de 1997. A escola teve as seguintes diretoras escolares: Irani Rodrigues da Silva, Elce Solange Pereira Souza, Elza Lina Amaral, Cássia da Piedade Laboissiére, Helena Mendes Menezes, Selma Aparecida Durães, Valdete Aparecida da Silva, e atualmente a senhora Helena Mendes Menezes. A Escola Municipal João Luiz dos Santos, é uma escola que garante a equidade, com todos e para todos objetivando um desenvolvimento sustentável que contribui com a formação empreendedora potencializando o desenvolvimento da pessoa, visando o pleno desenvolvimento e valorização humana para o exercício da cidadania, de forma democrática e sustentável.
Danceteria Primavera (Ranchão)
Localizada na Rua Manoel Luís Brandão, a Danceteria Primavera foi administrada, na década de 70, por Eli Caetano e Aristides e, posteriormente, adquirida por Joaquim Bernardes, em 01 de setembro de 1980 e, desde então, continua sendo proprietário.
O que é marcante nessa construção é seu formato (quase) circular, sendo seu telhado, recoberto, inicialmente, por palhas de buriti, no estilo de um grande quiosque.
Principalmente nos finais de semana, era um ambiente muito frequentado por aqueles que queriam se divertir, encontrar os amigos, curtir e dançar ao som de variados estilos musicais.
Também foi palco para eventos diversos como festas juninas, casamentos, formaturas, festas de aniversário, festivais de guaraná e de sorvete, carnaval, comícios, réveillon, entre outras comemorações.
Em 2016, foram realizadas 3 sessões de cinema, promovidas pelos formandos do 3º ano do ensino médio, que atraiu vários espectadores em cada uma das sessões.
A Danceteria Primavera tem seu lugar de destaque no contexto cultural e social de nossa cidade, por ser um ponto de encontro e de lazer para os bonfinopolitanos. (Texto Wesley Gomes)
Jatobá da cava
Uma árvore frondosa e uma linda história…Foram tantos momentos maravilhosos proporcionados! Fins de tardes inesquecíveis nos vêm à memória! Saudades que o tempo jamais conseguirá apagar…
Quão agradável era sentar à sua sombra e observar lá do alto da “Cava”, os caminhões carregados de carvão, os carros e os ônibus que chegavam e que saíam da cidade, principalmente das crianças inocentes, que tiravam o sossego dos seus pais, correndo para contar quantos carros haviam passados naquele dia…
Momentos mágicos, de encontros rotineiros não apenas casuais, mas determinados, pela paisagem e pela sombra agradável que essa oferecia aos casais de namorados, às crianças que corriam à sua volta e subiam nas suas galhas nas mais diversas brincadeiras, aos mais experientes contadores de causos…
Ali, todos colocavam os assuntos em dia, época em que as conversas entre amigos prevaleciam sobre as preferências dos programas de TV, da internet, que era apenas uma utópica ilusão… Fatos marcantes, sobretudo aos moradores da antiga “Cava”.
Na década de noventa, uma bela praça fora construída, um cartão postal de acolhida, entretanto, uma árvore histórica com mais de 40 anos é arrancada… e com ela, parte da história se perdeu… Suas raízes já expostas pela ação do tempo, contudo, bravamente resistia às intempéries do tempo…
Apenas para registro, cito algumas das muitas famílias que a conheceu de pé e que de alguma forma usufruiu das suas sombras. Familiares do Sr. Tote e dona Alvina…Osvaldo, Osvalnilde, Osvaldina, Osmar, Osvalmir, Tita, o saudoso Paulinho, Silvano, José Geraldo, Serginho e Lílian…
Os familiares do inesquecível e humilde Sr. Melquíades (contador de estórias e grande imitador); da numerosa família do Sr. Juquinha Lemos e dona Eva… Pedro, Edil, Eudes, Edis Chefim, Euder, Daltinho, Ildete e outros que me fogem à memória.
Também o casal Sr. Antônio Lopes e dona Gercina e seus filhos, dentre eles o Carlinhos, que foi meu colega de escola… Outro casal presente, Maria e Juca Ximbá e sua filha Liduína e seus inúmeros papagaios falantes; o marceneiro Sr. Preto Guedes, da Dona Eduarda, dona Joaninha (rezadeira), dona Sebastiana, Delmiro e Leninha…Dona Maria de Tinú, benzedeira; Amália, a cantineira da Escola Estadual Cândido Ulhôa e seus filhos…Tio Raimundo e Tia Mariana com seus filhos Luiz Paulo, Glorinha, Glêis das Dores e Laeste Joaquim.
O Casal João “Catengo” e Mundinha com seus filhos; Sr. Manoelzinho da Torre; Sr. Lucas Gontijo e família; Vovó Mercês; Otávio e irmãos da família dos “Pamplona”; a saudosa dona Luzia da grande família dos “Peixotos”, Sebastião Oliveira e Rosália Quininho e filhos; Sr. Neca e dona Lia e filhos da família “Rodrigues Lopes”, e outros mais…
Todos, presentes e ausentes, como também esse autor, testemunhas oculares dessas palavras… E para hoje inspirar este modesto registro poético!
Autor: Nunes de Souza – publicado em 15 de Abril de 2013. Nota do Autor: Agradecimentos à amiga Osvaldina Mota (in memoriam) que forneceu a imagem do Pé de Jatobá para ilustrar esse texto.
Esméria Maria do Carmo
Esméria Maria do Carmo, nasceu em Santa Fé de Minas aos 10 de Abril de 1897, filha de Possidônio Araújo e Maria Esméria do Carmo, teve treze (13) irmãos. Viveu em Santa Fé até aos 13 anos de idade, lá estudou até o 6º ano. Mudou-se com sua família para Santo Antônio do Roçado (hoje Bonfinópolis de Minas) em 1910, quando começou a lecionar, foi a primeira professora que Bonfinópolis de Minas conheceu, lecionando em escolas particulares para os filhos dos maiores fazendeiros e comerciantes. Com o que recebia ajudava nas despesas de casa.
Em 1912 casou-se com Cândido Lopes da Costa, natural de Bonfinópolis de Minas, teve os seguintes filhos: Joana Lopes Costa, Cirilo Lopes Costa, Prisilina Lopes Costa, Jesuíno Lopes Costa, Ephifânio Lopes Costa e Américo Lopes Costa. Logo após seu casamento mudou-se para Fazenda Almas e em seguida para Fazenda Pedra. Por onde passava deixava um pouco de si através das aulas que ministrava. Em 1928 ficou viúva, morou na fazenda por mais algum tempo com seus seis filhos ainda pequenos, teve que enfrentar a lavoura, pois o que recebia das aulas não dava para o sustento de seus filhos. Em 1930 mudou-se para a fazenda Boi Preto – hoje Sagarana. Em 1938 voltou a Bonfinópolis de Minas, com os filhos já crescidos voltando a lecionar. Ela e os filhos construíram uma casa onde viveram até seus últimos dias.
Os 13 irmãos que teve, todos faleceram bem antes dela, além de perder seu marido, seus filhos também faleceram bem novos. Deles somente Jesuíno e Américo se casaram. Em 1969, entre janeiro e fevereiro, perdeu seus três últimos filhos. Passou a morar com ela, seu neto Américo Lopes Peixoto, este com 18 anos saiu para trabalhar e ela passou a morar só.
Ela era aposentada e, além da aposentadoria, recebia ajuda dos netos para sobreviver. Era bastante religiosa, gostava muito de ler, principalmente livros de religião e história. Sua vida foi bastante saudável, nunca havia feito uma consulta com doutor, mas infelizmente, em agosto de 1985, ficou doente e teve que ser internada por três dias, não melhorando foi para Brasília. Seu tratamento continuou no Hospital do Gama, ficando alguns dias na casa de sua neta, Zilda Lopes Lima. A doença agravou, teve que voltar ao hospital e faleceu no dia 31 de outubro de 1985 no hospital do Gama.
Seu corpo veio para Bonfinópolis de Minas e foi velado em sua antiga casa. Foi sepultada no dia 01 de novembro de 1985, no cemitério local de Bonfinópolis de Minas.
Dona Esméria, como era conhecida, transmitiu às pessoas que com ela conviveram uma fantástica experiência de vida, tinha em seu humilde coração muita paz, muito amor e muita sabedoria.
Dados coletados por: Divina Luísa Pereira Tavares
Dados fornecidos por: Mariinha – nora de Dona Esméria
Em 02 de Setembro de 1987.
Bonfinópolis de Minas – Cidade dos Encantos
Bonfim, cidade linda de se viver, povo hospitaleiro, muitas ruas não são planejadas, mas são muito bem cuidadas…
Tem uma linda entrada, com uma grande ponte, e logo em seguida, lindas palmeiras e muitas flores de begônias de várias cores enfeitando as laterais, até chegar na primeira praça toda arborizada, seguindo em frente, já estamos numa das principais avenidas que segue até a saída para o Vale do Urucuia, onde Guimarães Rosa imortalizou O Grande Sertão Veredas.
Mas voltando para a linda e querida Bonfinópolis, contamos com alguns casarões antigos, e escolas da melhor qualidade tanto do Estado quanto do município, a qual eu cito com muito orgulho, onde podemos contar com o corpo docente maravilhoso e com alunos cheios de sonhos e que ainda respeitam os professores, onde ainda os chamam assim, professor e professora… prezamos muito isso.
Enfim falar do Bonfim é bom demais, ainda é uma cidade pacata, e de muitas qualidades, de pessoas felizes em qualquer época, onde todos se ajudam mutuamente, e todos são solidários, e somos devotos do Senhor do Bonfim.
Texto: Professor Luiz Paulo
O Gonçalo
Lembro-me de ter começado o meu namoro com ele ainda no início da década de 70. Era o GONÇAL como todos diziam, e só mais tarde foi que ouvi alguém dizer que o nome certo era Gonçalo.
Naquela época não tínhamos televisão em nossa cidade, telefone nem pensar. Bonfinópolis era uma cidadezinha incrustada no sertão mineiro em meio a poeira. Uma pequena cidade com céu azul, um sol brilhante, um grupo escolar cheio de estórias e uma igreja cheia de fiéis. Uma típica cidadezinha do interior onde todos pareciam formar uma só família. E debaixo desse céu azul, desse sol brilhante entre, noites silenciosas repousava, silencioso, o Gonçalo.
Na ansiedade de jogar mais uma “pelada”, parecia demorar passar as horas no colégio e quando a sineta tocava saíamos em disparada. Não demorava muito para que toda a turma estivesse ali em volta do Gonçalo esperando os retardatários que chegavam afobados.
Par! Ímpar! Os times eram escalados e a pelota rolava.
Aos pés do Gonçalo depositávamos nossos pertences: camisas, sandálias revistinhas e sonhos. E a bola rolava entre a gritaria que se esparramava até a chegada da noite. Era hora de irmos para casa, tinha sido um jogo tranquilo, a bola não caíra nenhuma vez no quintal da professora Ermelinda, nem no quintal do Vigário Frei Humberto. Sentados ao pé do Gonçalo respirávamos o resto do dia que se esvaía rapidamente, enquanto planos eram traçados: pescaria, caçada, etc.
Quantas conversas inocentes bordadas de fantasias, quantas briguinhas de crianças, quantos gritos de gol presenciou o Gonçalo em seu silêncio, quantas festas de padroeiro e de 7 de setembro presenciou o Gonçalo quando nossa cidade ainda tinha memória e tradição, quantos batizados de novos filhos que chegavam e quantos de filhos partindo, viu silencioso o Gonçalo.
O Gonçalo viu a gente crescer, viu nossos devaneios na adolescência, nossas angústias no amadurecer, calado, desafiando o tempo, vendo gerações chegarem e partirem.
Hoje Gonçalo está só, não há mais crianças reunidas a seu pé, nem parques de diversões cheios de namorados.
O Gonçalo continua ali, imbatível, inabalável, silencioso e fiel com seus mil e um segredos. Às vezes parece sentir-se triste e só. Dizem até que ele já morreu e que o que ali está são ervas de passarinho sustentadas por lembranças.
Observação: na noite de 06 de abril de 1996, noite esta de chuva e vento, o Gonçalo tombou. Este conto foi escrito em setembro de 1992.
Texto: Orlando Alves de Matos Filho
Praça Aristóteles Antônio da Mota
Aristóteles Antônio da Mota, popularmente conhecido como o Sr. Tote, e sua esposa Alvina saíram de São Gonçalo do Abaeté em 1958 com seus três filhos para viverem na fazenda Assa-Peixe, pertencente ao então Distrito de Fróis, atual município de Bonfinópolis de Minas. Em 1.960, tendo que colocar seus filhos na escola, o casal passou a residir-se na atual cidade e presenciaram a Emancipação Política do município que comemora agora seus 60 anos. Ali tiveram mais nove filhos, totalizando 12 filhos, e todos contribuíram para o crescimento e desenvolvimento desta querida cidade.
A primeira e importante atividade desenvolvida pelo Sr. Tote, no ano conhecido como a crise de 1.963, era levar em seu caminhão porcos, galinhas e outros produtos rurais para vender em Patos de Minas e assim, trazia de lá mantimentos e produtos industrializados para abastecer as necessidades da população bonfinopolitana, negociando todos os produtos na base da permuta. Posteriormente, ele adquiriu do saudoso Juverci, uma padaria que passou de pai para filhos e existe ainda nos dias atuais com o nome de Panificadora Americana. Juntamente com sua esposa, também tinham uma máquina de beneficiar arroz e recorriam aos produtos dos dois comércios para matarem a fome de muitos de seus munícipes, doando pães e alimentos. Sr. Tote deixou o legado de uma vida dedicada ao trabalho, à luta diária, à caridade e amor aos seus e ao próximo.
A praça da rua onde morou, que também é a entrada e saída principal da cidade, leva o seu nome. Essa homenagem lembra o importante fluxo comercial que o Sr. Tote proporcionou para o município e ficará também marcada nas páginas da história dos 60 anos de emancipação de Bonfinópolis de Minas.
Texto: Lilian Mota
Escola Estadual Cândido Ulhoa
A Escola Estadual Cândido Ulhoa, criada em 31 de julho de 1968 ministra o ensino fundamental e médio. Situa-se à Rua Dom Eliseu, 450, no centro de Bonfinópolis de Minas.
Quem é Cândido Ulhoa? Dr. Cândido Ulhoa iniciou sua vida política em Paracatu como vereador, onde nasceu em 29 de agosto de 1898, transferiu-se posteriormente para Belo Horizonte, onde a par das atividades como médico, desempenhou com o maior brilhantismo, mandatos como Deputado Estadual durante quatro legislaturas (1947 à 1960), quando renunciou seu cargo de deputado para assumir o cargo de Ministro do Tribunal de Contas.
Cândido Ulhoa foi um homem de excelentes qualidades morais e intelectuais. Exerceu ainda os cargos de Secretário de Estado de Educação, transformando nessa época a nossa escola em Escolas Reunidas.
Cândido Gonçalves Ulhoa foi durante toda sua vida um paradigma de homem público, de respeito e de trabalho.
Faleceu no dia 03 de junho de 1980, e em reconhecimento por tudo que fez, sendo homenageado em nome de ruas, escolas e praças.
Em Bonfinópolis de Minas, essa homenagem foi feita para a primeira escola estadual da cidade. A Escola Estadual Cândido Ulhoa sempre foi sinônimo de qualidade no ensino e excelência na formação, com uma infraestrutura bem organizada e corpo docente comprometido com a educação, a escola apresenta excelentes resultados nas avaliações diagnósticas e formando a cada ano estudantes que se destacam no mercado de trabalho.
Nessa instituição, sempre foram desenvolvidos projetos marcantes na vida dos alunos e da comunidade escolar como: feiras culturais, científicas e de empreendedorismo, saraus literários, mostra de profissões, palestras, festas juninas, formaturas, gincanas, semana do estudante, desfiles cívicos, festivais de talentos, visitas técnicas, entre outros, que contribuem para a formação integral do ser humano.
Atualmente, a Escola Estadual Cândido Ulhoa tem como diretora a Professora Elizabeth Gonçalves Santos, iniciando sua gestão no ano de 2023.
(Texto Wesley Gomes)
Maria do Rosário Palma Bezerra

Maria do Rosário Palma Bezerra, conhecida popularmente por Dona Rosarinha, nasceu na cidade de São Romão-MG no dia 7 de julho de 1926, filha do Senhor João Peixoto e Benedita da Silva Vieira era filha de uma numerosa e pobre família com quem morava no meio rural sem nenhuma condição para estudar. Mas, Maria do Rosário possuía um grande sonho de estudar e ser professora, aos nove anos tomou a decisão junto aos seus pais de ir embora em busca da realização do seu sonho e, devido a sua insistência, levada a cavalo para uma escola interna na cidade de Brasília de Minas, onde cursou os anos iniciais do ensino fundamental, prosseguindo posteriormente seus estudos do ensino fundamental no colégio interno das Irmãs em Montes Claros, finalizando sua escolaridade no colégio da mesma congregação em Belo Horizonte, onde concluiu o Magistério.
Enfrentou inúmeras dificuldades, mas seus estudos muito lhe valeram, voltou para o seio da sua família em Bonfinópolis de Minas e muito auxiliou sua mãe que havia ficado viúva, na criação dos seus irmãos; muito servindo também à população de Bonfinópolis. Foi a primeira professora habilitada (normalista) no município, assumindo além da função de professora regente de turma e aulas de português, a primeira diretora da Escola Estadual Cândido Ulhoa exercendo a missão de educadora vocacionada por bem exercidos, 38 anos.
Na sua trajetória profissional, ficou marcada pela sua ousadia em assumir uma escola sem prédio próprio, sem a devida regularização com pagamentos aos servidores somente de seis em seis meses, e cargo de diretor sem direito à licença maternidade e outros afastamentos, além de tantas outras dificuldades; e também pela sua determinação e garra na defesa da educação, conseguindo junto à equipe, a formalização e regularização da escola junto à SEE/MG e construção de um pequeno grupo escolar (Rua das Almas) e, bem posteriormente, de um grande prédio para a Escola Estadual Cândido (Rua Dom Elizeu).
Era uma profissional rígida, enérgica e comprometida, só se satisfazia quando todos os seus alunos aprendiam; fazendo com que pais e alunos, tivessem pelo seu trabalho grande confiança, respeito e admiração, porque além de muito rígida e exigente, educava com profundo amor e dedicação.
Além de educadora por tantos anos, Maria do Rosário Palma Bezerra exerceu importante trabalho religioso e social sendo catequista, Ministra da Eucaristia, fundadora do grupo AA (Alcoólicos Anônimos), membro atuante da SSVP (Sociedade São Vicente de Paulo) desde sua fundação, Apostolado da Oração, criadora e coordenadora do grupo Mãe Rainha em Bonfinópolis de Minas, participantes do ECC (Encontro de Casais com Cristo), cursilho e organizadora por muitos anos junto ao pároco Freio Humberto do natal dos pobres, entre outros.
Constituiu uma numerosa família junto ao seu esposo Evaldo Antunes Bezerra, com quem teve nove filhos, 28 netos, 18 bisnetos e 01 trineta, Tiveram por 69 anos uma feliz, abençoada e exemplar vida conjugal.
Vale ressaltar que Maria do Rosário Palma Bezerra também deixou sua contribuição política para o desenvolvimento do município de Bonfinópolis de Minas, exercendo por 6 anos (1977 a fevereiro de 1983), o cargo eletivo de vereadora.
Concluiu sua bonita história de vida no dia 6 de agosto de 2018, falecendo aos 92 anos de idade, por ter sido acometida por mal de Alzheimer e mieloma múltiplo (câncer nos ossos).
Dona Rosarinha, foi e sempre será dona da admiração, orgulho e reconhecimento de todos que com ela conviveram.
Desta forma, a alteração de denominação da Rua do Comércio para Rua Maria do Rosário Palma Bezerra, teve por finalidade prestar importante homenagem a esta cidadã que muito contribuiu para o desenvolvimento de Bonfinópolis de Minas, em especial, na área de educação e desenvolvimento social.
Igreja Matriz Senhor do Bonfim

A igreja, dentro dos modelos tradicionais da região, ficou concluída em novembro de 1935, quando os responsáveis transportaram as imagens para o referido templo. Enquanto capela-filial, durante muitos anos pertenceu à paróquia de Paracatu. Uma vez criada a prelazia, passou a ser atendida pelos vigários de São Romão: Frei Miguel Jonkers, Frei Bertoldo van der Mee, Frei Eugênio Goseling, Frei Eustáquio van der Weff.
Verbalmente, em 5 de novembro de 1958, D. Eliseu van de Weijer, criou a paróquia do Senhor do Bonfim de Fróis e, também nomeou seu primeiro vigário na pessoa de Frei Eustáquio van der Weff. Com a transferência de Frei Eustáquio para a paróquia de São Sebastião de Cristalina, é nomeado vigário Frei Humberto van Teijijingen, que se empossa no dia 14 de fevereiro de 1959.
A criação da paróquia de Nosso Senhor do Bonfim, de Bonfinópolis de Minas, por ato oficial, se deu, em 25 de janeiro de 1963, através de decreto de D. Raimundo Lui, Bispo Diocesano de Paracatu, provisionando como vigário Frei Humberto.
Realiza-se, nessa comunidade, a tradicional Festa do Senhor do Bonfim, em homenagem ao padroeiro do município, com novenas, missas, barraquinhas, leilões e apresentações culturais que envolvem os fiéis nos preparativos e nas festividades que ocorrem de 28 de julho a 6 de agosto.
Fonte: Livro: A Igreja de Paracatu – nos caminhos da história.
Autor: Oliveira Mello.
Edith Palma Borba

Aos 17 dias do mês de maio de 1937, nascia a pequena Edith, de olhos grandes, vivos e de feição alegre, marca que carregou por toda sua trajetória de vida.
Filha de João Vieira da Palma e Geraldina de Sales Palma, comerciantes e agropecuaristas de Bonfinópolis de Minas.
Iniciou sua vida estudantil aqui no município e complementou o ensino fundamental no Colégio Imaculada Conceição, em Montes Claros, onde se destacou na facilidade em dominar o idioma francês e tocar acordeom.
Retorna a Bonfinópolis e se encanta com Moacir Serafim Borba, com quem se casou e constituiu uma grande família de 9 filhos: Ediacir, Elizeth, Carlos Alberto, Paulo Roberto, Eliane, Vânia, Sérgio Luis, Maria Cristina e Júnior.
Católica fervorosa e bastante entusiasmada com a política, ela teve participação efetiva na política e acompanhava com entusiasmo seu esposo.
Quando o Sr. Moacir foi Prefeito, dona Edith teve uma marcante participação no social do município. junto à Fraternidade feminina da Loja Maçônica Nova Luz Bonfinopolitana, deixou um legado de amor, alegria e serviços prestados.
Dona Edith, Edith, Vovó Dith para os netos, Comadre Edith, Professora Edith, denominações afetivas e profissionais que recebeu durante a vida.
Foi uma mãe severa, amorosa e zelosa, uma esposa dedicada, uma professora austera e que amou muito seus alunos, uma amiga generosa e uma filha carinhosa e presente na vida dos pais.
Ah, dona Edith, mãe, como não lembrar dos seus deliciosos molhos, biscoitos e doces! Até hoje, é possível sentir os cheiros e ligeiros gostos no paladar.
Quando da criação da Escola Estadual Dercílio Duarte Melgaço, escola criada sem prédio e que funcionava em salas alugadas pela cidade, dona Edith foi a primeira Diretora, deixando imensa saudade por sua extremada dedicação e generosidade para com os alunos e funcionários da escola, onde se aposentou.
Dona Edith participava efetivamente da Igreja Católica, onde fez parte do Apostolado e de Pastorais. Sua fé inabalável a fez enfrentar as dificuldades da vida com resignação e um sorriso largo e alegre sempre!
Faleceu aos 71 anos de idade, em Patos de Minas em 23/11/2008, vítima de um câncer.
Em 09/08/2012, foi homenageada e o PSF da Brasilinha recebeu o seu nome.
Quando se fala ou se lembra de Edith Palma Borba, o que vem imediatamente na mente, é a sua alegria, capacidade, caridade, companheirismo, religiosidade e entusiasmo com que sempre conduziu a sua vida.
Texto: Vânia Borba.
Vandeir José Brandão
O ESF Vandeir José Brandão, localizado na Rua São José, nº 231, no Centro de Bonfinópolis de Minas foi inaugurado no ano de 2007, na Gestão 2005/2008.
Sua homenagem foi dedicada ao servidor Vandeir José Brandão que atuou como agente de endemias de nossa cidade, entre os anos de 1999 a 2006. Vandeir José Brandão nasceu em 20 de fevereiro de 1977 em Bonfinópolis de Minas, amava futebol, participando de vários torneios locais. Faleceu no dia 29 de outubro de 2006, deixando como exemplo, um trabalho dedicado ao combate e prevenção às endemias.
O prédio que hoje funciona o ESF anteriormente era destinado a um presídio da cidade, utilizado pelas forças policiais para conter infratores e situações que assim o necessitasse. O prédio ficou por um período abandonado, e desde então, estudou a viabilidade da utilização desse imóvel, para que seja utilizado para uma unidade de saúde, sendo totalmente reestruturado para essa finalidade.
Pela Lei n° 904, de 03 de maio de 2006, por meio de recursos próprios foi feita a reforma e adaptações necessárias para a criação do ESF. No dia 29 de junho de 2007 foi feita a inauguração do ESF Vandeir José Brandão. A Unidade de Saúde conta com atendimento de atenção básica, possuindo um quadro de várias especialidades, dentre elas: ginecologia, psicologia, odontologia, pediatria, geriatria, fonoaudiologia, nutrição, entre outros. (Texto Wesley Gomes)
Josina Palma Bezerra
Josina Antunes Palma nasceu em São Romão no dia 2 de Março de 1931 e foi criada na fazenda da Boa Vista. Estudou em Januária e dedicou sua vida com dignidade exemplar, sendo uma mulher de fibra, pois na época de sua mocidade a emancipação feminina era um tabu perante a sociedade presente. No entanto, ela se esforçou para concluir seus estudos que lhe proporcionou a conquista do concurso de funcionária efetiva da Secretaria Estadual da Fazenda, prestando serviços na coletoria de Bonfinópolis de Minas, cidade em que se instalou desde o ano de 1968. Sua profissão bem desempenhada a distinguiu como uma cidadã comprometida com o funcionalismo público em sua região. Casou-se com o senhor Nilton Bezerra, e passou a se chamar Josina Palma Bezerra. Carinhosamente conhecida por Zizinha, apelido que lhe deu uma característica doce e afetiva junto aos familiares e a todos que com ela conviveram numa relação de reconhecimento por sua alma inerentemente bondosa e compreensiva.
Foi mãe extremamente carinhosa, dedicada e fiel ao acompanhamento materno dos 8 filhos, sendo seis vivos: quatro homens e duas mulheres. Na questão profissional ela não media esforços para atender a todos que a procuravam para providências de documentações necessárias aos trâmites de negociações de agrônomos, fazendeiros, colonos e outros maiores ou menores que buscavam um atendimento muitas vezes de emergência. Por 34 anos ininterruptos ela trabalhou até se aposentar. As horas de folga eram para a família e a igreja, na harmonia disciplinada do bem acima de tudo. Não tinha um hobby em definição, pois a sua distração era a culinária caseira e os eventos religiosos que, disciplinadamente frequentava.
O trabalho para ela então era como um sacerdócio, pois não havia hora nem local para resolver toda a questão que pedia atenção de seu raciocínio e de suas mãos habilidosas. Assim, entre a profissão e os afazeres da vida no lar e a devoção cristã, vivia em constante comunhão em suas orações, sendo católica fervorosa. Dona Zizinha, cumpriu com seus compromissos humanitários com uma atenção ímpar, ajudando sempre os pobres de recurso no povoado local: preparava com frequência sacolas de mantimentos e entregava aos mais necessitados, instruindo os mesmos sobre a educação das crianças no costume moral e cultural.
Sempre orientava seus filhos numa educação severa quanto aos bons costumes e com a mesma atenção, buscava orientar as mães carentes de cuidados especiais junto aos filhos. A sua ajuda material com alimentação dizia valer aos que precisavam do alimento para seguir com confiança os estudos escolares. Tratava com paciência, parcimônia e justiça a toda situação difícil que requeria sua interferência, ocasiões memoráveis que os habitantes de Bonfinópolis guardam na lembrança, seja na profissão ou no matrimônio, compromisso que abraçou com o amor de esposa, mãe e avó, até que Deus a chamou para sua companhia. Seu comportamento podemos dizer que trouxe uma concordância com a nobreza e a honradez de quem sempre participou da vida com simplicidade e humildade, reconhecendo em todos como irmãos por igual em nome de Deus.
O seu nome exposto em um estabelecimento público foi uma singela homenagem, aprimorar o ambiente no vislumbre de sua trajetória tão significativa. Somente os simples e incansáveis trabalhadores, sem pretensão vaidosa trazem consigo uma luz inapagável. Com pequena estima material, mas com grande bagagem de respeito, exemplo maior no qual a população de sua cidade deve mirar, Dona Zizinha chegou, ficou, amou, serviu, passou e seguiu em frente…
Muitas outras palavras ou expressões podem descrever Josina Palma Bezerra, com sua presença discreta e silenciosa, mas gentil e atenciosa, nos brindou a vida por 63 anos. Já com a saúde debilitada por complicações pulmonares, sem queixas e confiante em Deus veio a falecer no dia 29 de Novembro de 1994.
Em abril do ano de 2015, como forma de homenagem, foi inaugurado o Centro Educacional Infantil, com construção moderna e amplo espaço, através de recursos do Ministério da Educação/FNDE foi construído em Bonfinópolis de Minas a Creche Municipal Josina da Palma Bezerra, localizada na rua Belo Horizonte, com objetivo de oferecer melhor acolhimento às crianças, com a consequente melhoria na qualidade do Ensino Infantil.
Texto informado pela família.
FÓRUM CELESTINO CARLOS DE AZEVEDO
O Edifício do Fórum da Comarca de Bonfinópolis de Minas leva o nome de Celestino Carlos de Azevedo. Nascido em Dores do Indaiá, MG, em 21/10/1914 e apelidado desde a infância por “Delo” se mudou para nossa cidade em 1959, onde passou a ser conhecido por “Seu Celestino”, residindo aqui até seu falecimento em 30/09/1990.
Foi casado com D. Almerinda Gontijo de Mendonça, com quem teve 08 filhos: (Antônia, Carlos (Zico), Almerinda, Dalva, José Carlos (Zezé), Dário e Maria, destes Almerinda e Expedita ainda residem em Bonfinópolis. Após sua viuvez, casou com D. Irany Moura de Azevedo, mãe de 11 filhos: Celeste, Cidéia, Celestino (Tininho), Raimundo, Irany, Celimar, Zilá, Lindomar, Raiom, Roberto e Iran), dos sobreviventes ainda residem em nosso município Raimundo, Lindomar e Iran.
Vindo de uma juventude em ambiente rural, era concursado como escrivão de paz, nome que se dava ao oficial do registro civil das pessoas naturais e o tabelião de notas no Distrito de Canastrão, também conhecido por Moradinha, no município de Tiros, quando se licenciou e veio para nossa região, onde exerceu as funções de pedreiro e sendo sua última construção a igreja de Várzea da Galinha. Participou ativamente da vida política de Bonfinópolis, tendo integrado a comissão de pessoas que lutaram pela emancipação do município, inclusive, das votações para escolha do nome de nossa cidade. Sr. Celestino, embora não tenha exercido qualquer cargo político, não se omitia de sua posição e pensamentos políticos o que lhe rendia respeito inclusive por seus adversários/amigos/compadres.
Em 1963, logo após a instalação do município, obteve remoção de sua nomeação como cartorário concursado para Bonfinópolis, tendo ficado à frente do cartório até sua aposentadoria em 1989, cargo que dedicava com muito amor, zelo e cuidado e principalmente na ajuda às pessoas menos favorecidas. Apesar de já não estar entre nós há mais de 30 anos, ainda é mencionado e citado em conversas, por sua generosidade e por seu temperamento marcante. A grande distância de nossa cidade para as sedes de comarca, Unaí e depois João Pinheiro, com péssimo acesso, na época, por estradas de terra, fazia com que as pessoas não tivessem a orientação jurídica nas suas discussões, e o Sr. Celestino estava sempre disposto a ajudar a solução de forma pacífica desses pequenos conflitos, fosse por meio de elaboração de documentos, negócios ou até mediação em situações familiares, o que fazia, muitas vezes, em parceria com os juízes de paz, que na maior parte de sua atividade foram exercidas pelos compadres Ozias Gomes de Souza, Lico Costa e Ari Ferreira dos Santos.
Sua esposa, D. Irany Azevedo, com 84 anos de idade, reside na fazenda há poucos quilômetros da cidade, para onde se mudaram após a perda da filha, Celeste Moura de Azevedo, vitimada por leucemia aos 12 anos de idade e que hoje é homenageada, como nome da Caixa Escolar da Escola Municipal Dercílio Duarte Melgaço. A pessoa estudiosa, apesar da pouca escolaridade e o espírito de homem conciliador, fez com que a Câmara de Bonfinópolis de Minas, atribuísse ao Edifício do Fórum da cidade o nome do primeiro escrivão após a emancipação, o que foi aceito pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, fato que também inspira a sua família no amor pelas áreas do Direito, tanto que de sua numerosa prole, quatro (04) deles, Dário, Celestino, Zilá e Roberto são advogados, carreira que encantou também algumas de suas noras e muitos netos, tendo certamente inspirado, com sua honrosa caminhada, muitos outros bonfinopolitanos, nascidos ou aqui chegados. Sua história e biografia é citada no livro Terras do Senhor do Bonfim, de Orlando Filho, publicado pela editora Pentalux. (Texto informado pela família)
Famílias Pereira & Izidoro
Em 1958, Petronilo Martins Pereira, 23 anos, saiu de São Gonçalo do Abaité MG, em busca de um sonho: comprar um pedaço de terra em Distrito de Fróis, atual município de Bonfinópolis de Minas. Indicado e orientado pelo rico fazendeiro, Sr. Juca Romão, comprou a fazenda Santa Cruz. Nela se instalou, trabalhou arduamente e em 1960, retornou à São Gonçalo para buscar a família. Foram 3 dias de viagem, trazendo duas famílias completas, a Pereira e a Izidoro. Às margens do Rio Santa Cruz, as famílias do Sr. José Estevão Martins Pereira e Deolinda Lopes Pereira (pais de Petronilo, José Vitorino, Clemente, Maria, Antônio, Luzia, Lourdes, Celina, Aparecida, Carlos, Salu e Arcedino) e Sr. Vicente Izidoro Trigueiro e Ana Lúcia Marques (pais de Mauro, Lúcia, Jésus, Divino e Luciano) foram adquirindo suas terras e se desenvolvendo.
Em 1961, as duas famílias uniram-se ainda mais através do matrimônio dos filhos: Petronilo Martins Pereira, 26 anos e Lúcia Izidoro Pereira, 14 anos; Mauro Izidoro Trigueiro, 23 anos e Maria Pereira Bananal, 21 anos. Sr. Petronilo, uma mente empreendedora e muito audacioso, tornou-se um dos grandes produtores de leite da região e fabricante de queijos por muitos anos. Cidadão comprometido, participava sempre dos comícios e reuniões políticas do município. Sempre valorizou a educação, fez parceria com a prefeitura, então prefeito, Sr. Moacir Borba para construir o grupo escolar E. M. Gravista, uma escola rural, cujas saudosas professoras D. Geralda e D. Rosália, iniciaram o processo de alfabetização das crianças ribeirinhas de Sta. Cruz e do córrego Torto.
Petronilo faleceu em 2014, aos 79 anos, deixando 6 filhos (Geni, Alaide, Nilda, Helena, Petrônio e Luciano). Tudo que construiu foi com o suporte da sua esposa Lúcia, uma guerreira, mulher de muitos talentos e de uma beleza admirável. Foi inteligente e empoderada mesmo após o luto. Soube reinventar a vida, se dedicando a vida cristã, atuante do grupo da renovação carismática da igreja católica. Sr. Mauro Izidoro e dona Maria, grandes empreendedores da região de Riacho das Pedras, pais de Itamar, Lucimar, Marlúcia, Maura, Marilda, Iduarte, Luciana e Ianderson, continuam firmes na missão “vida plena”. Pessoas íntegras, alegres e queridos por todos. Sempre festejam suas conquistas ao lado dos filhos, familiares e amigos. Duas famílias que fizeram história em nossa querida e abençoada Bonfinópolis de Minas.
Texto: Nilda A. Pereira
Igreja Nossa Senhora Aparecida.
Com construção na década de 70, a Igreja Nossa Senhora Aparecida foi construída no período em que Frei Humberto era pároco. Localizada na Rua Dom Eliseu, ficou conhecida na época de sua construção como “Matriz Nova”. Com o passar dos tempos passou por algumas intervenções necessárias, como por exemplo, a reforma de todo o telhado, com substituição de telhas e madeiras, bem como melhorias na iluminação, ventilação e acomodações.
Em uma de suas reformas mais recentes, recebeu a cobertura do teto em forro PVC, sendo representado o formato de uma cruz, como também, foram ampliadas as salas laterais de acesso ao altar, possibilitando receber um maior número de fiéis. Já nos últimos dois anos, o entorno da Igreja Nossa Senhora Aparecida passou por melhorias, como a organização de um jardim, calçamentos e aquisição de imagens de Nossa Senhora e São José.
Essa igreja tem sido escolhida para várias festividades e cerimônias religiosas como: casamentos, crismas, primeira eucaristia, missas em ação de graça, encontros litúrgicos, entre outras.
Constituem-se momentos de muita religiosidade e fé as celebrações das novenas e missas em comemoração ao dia de Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro, contando com a participação efetiva da comunidade nos festejos, bem como em outros momentos litúrgicos ao longo do ano.
Também é marcante o badalar do sino dessa igreja, som este que ecoa pelas várias partes da cidade, por ocasião das missas, num convite aos fiéis. (Texto: Wesley Gomes)
Dona Antônia e Sr. Clóvis
No final do verão, já quase no outono do ano de 1925, precisamente no dia 16/03/1925, no local denominado Buritizinho, nas divisas dos municípios de Santa Fé de Minas e Bonfinópolis de Minas, eis que abrem os olhos para o mundo: Clóvis Martins de Souza, o primogênito do jovem casal de agricultores Dioguino Martins de Souza e Maria das Mercês Veloso.
Na labuta diária de pequenos agricultores familiares, “Senhor Diogo e Dona Mercês” continuaram residindo naquelas paragens, e Deus lhe fora favorável na constituição da sua numerosa e abençoada família, presenteando-os com a chegada de outros filhos para a companhia do pequeno Clóvis, sendo eles: Maria de Lourdes, Raimundo, Mariana, Maria da Conceição, Maria de Jesus, José, João, Maria Rosa, Geraldo, Maria do Carmo e a caçula Maria Rosália.
O tempo passa e a família já praticamente formada, cada um na luta diária pela sua independência financeira, o casal de pequenos agricultores, senhor Diogo e dona Mercês, começaram a migrar para outras bandas na busca de oportunidades, e, pela proximidade dos laços afetivos o município de Bonfinópolis de Minas é o escolhido por eles para continuarem vivendo.
Evidentemente o jovem Clóvis por ser o mais velho da irmandade, ajudar os seus pais no que conseguia, a que rumos deviam tomar nessa jornada.
Já em Bonfinópolis de Minas, o jovem forte destemido Clóvis Diogo conhece Antônia Cândida de Jesus aquela que mais tarde seria a sua esposa e companheira até os últimos dias de sua vida, possivelmente, mais de 50 anos de união conjugal.
Recebem as bênçãos do Sacramento do matrimônio, já com família constituída, no dia 26/11/1978 regularizam a situação de estado civil para juridicamente casados. dessa abençoada união Deus lhe concede o privilégio de serem os pais biológicos de Arnaldo, Hilda, Alfeu, Ademir, Ilca, Antônio, Maria Lázara, Lázara Maria, Adão, Eva e Ilma, de coração e grande estima de Raimunda da Luz.
Para conseguirem criar e educar os seus filhos, o senhor Clóvis e Dona Antônia lutaram bastante, passaram por muitos momentos de provações mas não se abalaram na fé e para a felicidade do casal, nenhum dos seus 12 filhos se perdeu na vida, mas sim, tornaram-se homens e mulheres de bem da cidade de Bonfinópolis de Minas.
Quem não se lembra do senhor “Clóvis carroceiro” que tantas famílias ajudou, transportando tambores de água do Ribeirão das Almas para aqueles moradores dos diversos pontos da cidade que ainda não eram atendidos pela rede de água da Copasa, sobretudo, daqueles bairros mais afastados do rio?
Foram inúmeras as viagens, que se iniciavam bem de manhã e prosseguir até altas horas da noite. Era água para o consumo humano, para o cultivo de hortas, para os criadores de porcos e galinhas para higiene pessoal e limpezas diversas. Entre uma viagem e outra, os bons causos amenizavam aquela dura lida, desde o momento para encher o tambor de água até o destinatário, pois era muito movimentadas todas as fontes, tinha que pedir licença as inúmeras e guerreiras “lavadeiras” para descer com sua famosa carroça até o leito do rio para pegar a água mais limpa. Foi uma luta imensa, mas com o pouco que ganhava, ajudava bastante no sustento da família.
Após essa humilde, mas honrosa profissão de carroceiro, o senhor Clóvis Diogo passa a trabalhar para a Prefeitura Municipal como auxiliar de serviços gerais nas gestões dos prefeitos José Alves Babilônia e Sílvio Canuto Vargas, e uma das funções que exerceu com dedicação, fora a de controlador do registro de água do tanque do velho caminhão Ford pipa, que passava molhando as diversas ruas da cidade, diminuindo a poeira.
Justamente nessa sua última ocupação de trabalho, no dia 7 de dezembro de 1992, com apenas 67 anos de vida e ainda com muita vontade de viver, mas obediente ao criador Celestial, o senhor Clóvis Martins de Souza é chamado por Deus, um exemplo de um pai amável, de um avô protetor, grande e inesquecível amigo colaborador que muito contribuiu para Bonfinópolis de Minas.
(Adaptado: Nunes de Sousa)
PÉ DE MANGA
Manga…
Velha mangueira!
Mangueira de velhas histórias,
Histórias que o tempo conta,
Contos de um lindo passado,
Passado não muito distante,
Distância que o tempo não esquece,
Esquecimento quase impossível,
De alguém que morando distante,
Desta distância regressando,
Tinha como primeiro habitante,
A recebê-lo de braços abertos,
Como que num sorriso elegante,
Uma mangueira frondosa,
De onde se avistava toda beleza,
Em meio a natureza,
Que fazia o coração disparar,
Que vontade louca de chegar,
Rever papai e mamãe,
Encontrar velhos amigos,
Andar descalços nas ruas
Ir ao gonçalo jogar…
A mangueira continua lá,
Muitos passam e nem a vê,
A velha estrada de terra
Deu lugar ao lindo asfalto
E todos passam apressados,
Nem dá tempo de olhar !
Mas continua linda…
Em meio a pequenos arbustos
Esperando por você.
Texto: SEBASTIÃO DE MELLO (Publicado 18/05/2012)
Lúcio de Oliveira dos Santos
Lúcio de Oliveira dos Santos, natural de Montes Claros, Minas Gerais, filho de João de Oliveira dos Santos e Maria Rosa de Jesus, nasceu em 14 de abril de 1905.
Ainda moço, com sua grande coragem e com o desejo de fazer de sua história, uma vida digna, fortificada por seu trabalho, chegou a nossa terra, quando esta, ainda era um pequeno vilarejo e plantou aqui as raízes de seu trabalho.
Ele montou um dos primeiros comércios, onde procurava servir a toda população desse município. Também, com grande sacrifício, fazia o comércio de combustíveis para os primeiros veículos que aqui circulavam e, por muito tempo, dedicou-se a esse comércio.
Em 27 de julho de 1937, casou-se com Severina Pereira dos Santos e, desta união, nasceram 3 filhos que aqui cresceram e dele herdaram a coragem e a dignidade do seu trabalho.
Em 01 de dezembro de 1982, morre em Brasília, vítima de pneumonia, deixando os filhos a eterna saudade.
E, para todos que o conheceram, deixou o exemplo da alegria, da paz, da coragem, da vontade de vencer, que foi o lema de toda a sua vida.
E venceu, porque viveu para servir e deixou para seus sucessores a marca do sorriso que sempre se fez presente em seu rosto.
(Texto informado pela família)
Tenente João Bispo.
“Tenente João Bispo, padrasto de minha avó, homem sério, amava sua família e procurou criar todos dentro das leis de Deus. Dirigia sua fazenda, com justiça e sabedoria. O Tenente tinha muitas manias, dentre elas, a de rezar o terço todas as tardes ajoelhado ao pé da cruz fincada a vários metros de sua casa. O famoso cruzeiro onde o Tenente orava para as almas do purgatório. João Bispo era devoto das almas e todo ano eram rezadas doze missas pedidas por ele para as ditas almas que no purgatório buscavam a redenção.” (Orlando Alves de Matos Filho)
“Para o desenvolvimento de Bonfinópolis de Minas, para este progresso, seria necessária a luta de pessoas ali moradoras e interessadas que tal acontecesse. Entre elas podemos enumerar o Tenente João Bispo, homem de visão ampla. Logo percebeu que não seria possível um desenvolvimento mais livre se não houvesse terreno suficiente para construção de novas vivendas. Sacrificou uma parte de sua propriedade e fez doação de significativa área onde se localiza a cidade. A partir de então o crescimento se tornou mais acentuado e mais rápido.” (Oliveira Mello)
Walter Júnior Graciano Santos
Nascido em 15 de fevereiro de 1990, filho de Sinvaldo Graciano de Souza e Genilda Lourenço dos Santos. Seu pai tinha um comércio em frente ao local que hoje está situado o Ginásio Poliesportivo, onde ele cresceu brincando com seus coleguinhas, jogando bola naquele terreno vazio.
Era uma criança extrovertida, alegre que tinha pressa de aproveitar a vida. Aos seis anos sua mãe, diagnosticada com câncer, veio a falecer. Nessa época, ele iniciava seus estudos.
Sua avó, nas férias de julho, vendo a tristeza do menino pediu a seu pai para deixar ele passear em Caldas Novas, onde tinha casa alugada e, frequentemente, ia lá para resolver negócios, uma oportunidade para que o menino pudesse se distrair.
Só que o inesperado aconteceu, um grave acidente na rodovia de Goiânia, local conhecido como sete curvas, o carro saiu da pista e caiu no rio, matando quatro pessoas. Juninho, como carinhosamente era chamado por sua família, teve sua vida interrompida com apenas 6 anos, deixando para nós muitas lembranças no local em que ele gostava de brincar. A presença dele naquele espaço, era rotineira, pois lá , ele gostava de jogar bola. Quanta saudade….
Em sua homenagem, após a conclusão do Ginásio Poliesportivo, construído na gestão de 1993-1996, passou a se chamar Ginásio Poliesportivo Walter Junior Graciano, obra inaugurada em dezembro de 1996.
(Texto informado pela família)
Carnabom
Carnaval acabou. Desfilar no bloco das emoções, aí vou eu! Carnabom. Ruas interditadas, barracas armadas. Comércios abastecidos de cervejas bem geladas para toda aquela algazarra. Fantasias eram poucas, aliás, roupas eram poucas. O calor de toda aquela farra, fazia com que todos nós despíssemos de corpo e alma e debaixo de uma ducha, lá no posto do Ferreirão, molhávamos! Refrescávamos como se a vida fosse acabar depois dalí. Mexíamos com todos, bebíamos de tudo, eu como um boneco de Olinda, subia no pescoço do meu primo e saíamos no meio da multidão.
Esquecer da vida fora do carnaval era obrigação. Viver por total, aqueles dias de festa! Bora para o rio Santa Cruz, que o trio elétrico já estava presente, atravessado no rio. Loucura! Senhor Niltão, rei momo! Blocos?! Muitos. Cada qual com sua turma de amigos, e quando não se ia ao Santa Cruz, tratava de arranjar uma lona, cobrir a carroceria de um carro e ir na bomba do rio das Almas e encher! Calor não tem vez. Carnaval chegou, visitas chegaram para encher todas as casas, todos os bares e a praça Silvésia Cândida de pessoas que foram mas que sempre voltam.
Carnabom! Eis que me encontrei com os meus melancólicos despojos. Lá, depois da festa fica com as ruas desertas, as casas tornam a ficar vazias à espera de outro carnaval. Acabou-se a farra, desmanchou-se o palco, volta-se à realidade. Depois de um proveitoso carnaval, começa a quarta-feira de cinzas. Cinzas lembranças de um bom Carnabom que me veio hoje na lembrança. Agora?! Agora o carnaval acabou!
Publicado por Amaury Filho em 24 de fevereiro de 2020.
João Peixoto.
João Peixoto nasceu no dia 11 de julho de 1926 e veio para Bonfinópolis de Minas no ano de 1950. Residindo na Rua Abílio Moreira, 191, no centro da cidade, antes de mudar para Bonfinópolis de Minas, morou na Fazenda Muriçoca (município de João Pinheiro) e, posteriormente, mudou para a comunidade de Conceição. Já em Bonfinópolis de Minas, por volta do ano de 1953, ficou conhecido por sua habilidade em consertar equipamentos eletrônicos, sendo único e primeiro profissional da área a prestar esse tipo de atendimento na época (profissão denominada na época de radiotécnico).
Sua habilidade foi desenvolvida através do curso por correspondência (antigo curso profissionalizante do Instituto Universal Brasileiro, que oferece cursos de capacitação e formação profissional). Era muito solicitado para conserto de tv’s (seja nos modelos em preto-e-branco e até as mais modernas, as primeiras de tvs à cores), além dos famosos rádios Motorádio ou dos modelos “capelinha”, que na época eram importantes meios de comunicação, transmitido seja por ondas AM ou pelas ondas curtas. Além disso, exerceu a profissão de carpinteiro, auxiliando sempre que fosse necessário.
Ajudou na reforma do telhado da igreja Nossa Senhora Aparecida. Sua habilidade, seja no conserto de eletrônicos ou na carpintaria, sempre é lembrado por todos bonfinopolitanos.
Veio a falecer no dia 08 de setembro de 2011, deixando aqui nossa profunda admiração e homenagem a esse cidadão que contribuiu nesses 60 anos de emancipação de Bonfinópolis de Minas. (Texto: Wesley Gomes)
CARRO DE BOI

A memória e a economia do município de Bonfinópolis de Minas estão saudosamente ligadas ao carro de boi.
Em tempos idos, quando o município ainda era chamado de Santo Antônio do Roçado, Fróis, Bonfim e até mesmo muito tempo depois de se tornar Bonfinópolis de Minas, o carro de boi transportou alimentos, querosene (combustível para lamparinas), principalmente o sal, vindo de São Romão, para temperar a vida sofrida da gente que escolheu o sertão mineiro para viver e desbravar.O carro de boi transportou também, durante décadas, pessoas saudáveis para festas e casamentos, pessoas doentes em busca de tratamento.
No passo lento dos bois de canga e na cantiga monótona dos cocões, rangendo pelas estradas empoeiradas, muitos bonfinopolitanos carregavam não só a economia da época em que as lavouras produziam com fartura e qualidade, mas também o sonho de evolução que hoje traz mais conforto e muita saudade ao coração daqueles que foram os pioneiros no desbravamento, na construção desta cidade e na fé no Senhor do Bonfim que veio para estas bandas para nos abençoar e aqui permanecer, até os dias atuais, realizando milagres e derramando bençãos àqueles que NELE creem. Vale lembrar que o CARRO DE BOI já marcou presença como principal meio de transporte durante as antigas festas em louvor ao padroeiro Senhor do Bonfim, gente de todos os cantos do município enchiam a praça em frente a igreja matriz para dias de missas, novenas, casamentos, batizados, enquanto os festejos aconteciam os carros de bois permaneciam “estacionados” e os bois tranquilamente pastando aguardavam o fim dos festejos para transportar os fiéis a suas localidades de morada.
Nos tempos atuais, a atividade cotidiana com o carro de boi tornou-se raridade. Contudo podemos matar a saudade nas já tradicionais cavalgadas, especificamente, na comunidade rural Riacho da Calda, quando o desfile de carros de bois rouba a cena e presenteia o público com um espetáculo capaz de encantar os mais jovens e enlevar os mais velhos a um tempo em que o “cantar” dos carros de boi e o grito dos carreiros é um portal onde a alma se emociona, mas não sabe explicar se é de alegria ou eterna saudade.
Texto: Arlete de Fátima Braga
Dirson Alves Ferreira
Nasceu em João Pinheiro, Minas Gerais, no dia 28 de outubro de 1949, filho de Miguel Alves Ferreira e Dona Helena Gonçalves dos Reis, casado com Eni Néia Vieira, a Dona Maninha de Ferreirão, professora do município. Tiveram dois filhos, Douglas e Kênia. Dirson Alves Ferreira fez o curso primário na Escola Estadual Cândido Ulhoa de Bonfinópolis de Minas, o ginasial na escola de Unaí. E o científico no colégio Asa Branca em Brasília. Foi aprovado no concurso de Furnas. Porém, foi impedido de atuar no cargo a época, pois era acometido por chagas no coração. Assim, a convite do Prefeito Sr. Moacir, retornou a Bonfinópolis de Minas e passou a lecionar. Após seis meses de magistério, passou a responder pela direção da Escola Municipal Santa Cruz, embora não tivesse parado de lecionar. Sempre muito estudioso, iniciou o curso superior na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Patos de Minas.
Além disso, foi presidente do Grêmio Estudantil Castro Alves de Unaí. Foi secretário-substituto do grêmio estudantil de Brasilândia. Apreciador de futebol, era torcedor do Cruzeiro. Em suas horas de lazer, dedicava-se à leitura. A convite do prefeito José Henrique Brandão, trabalhou na prefeitura no cargo de Secretário Executivo. Sendo sua percepção naquela época, de melhoria na rede de água e esgoto e na implantação de cursos profissionalizantes.
Foi candidato a prefeito em 1982, 2000 e 2008, e candidato a vice-prefeito em 1996 e 2017, sendo o vice-prefeito no mandato de Donizete Antônio dos Santos. Ferreirão, como era conhecido, foi um homem a frente de seu tempo. Sempre com ideias inovadoras e uma busca incessante pelo progresso do município.
Ainda na década de 80, foi vanguardista no comércio local, com a inauguração do Comercial Ferreirão, dando protagonismo ao consumidor com acesso ao produto diretamente das prateleiras. O mercado, localizado na Rua Venâncio Pinto Machado, no centro de Bonfinópolis de Minas, vendia também móveis e eletrodomésticos, sendo um importante supermercado da cidade. Na década de 90, foi pioneiro no agronegócio. Trouxe ao município a primeira ordenha mecânica para extração de leite, bem como a sua pasteurização. Além disso, implementou a inseminação artificial em seu rebanho.
Sua atuação precursora sempre foi motivo de muito orgulho. Foi assim que, já na terceira idade, foi o primeiro corretor de imóveis credenciado no município.
Por fim, como empresário, também foi sócio da Drogaria Ferreira e da Drogaria Senhor do Bonfim e arrendatário do Posto Talismã.
A generosidade era sua principal característica. Um homem de coração nobre e bom. Ajudava a todos. Um pai amoroso, marido zeloso. Sempre priorizava a família. Os irmãos eram seu apoio e alicerce. Os filhos o seu orgulho. A esposa seu grande amor. Os amigos sua alegria. Sua casa sempre estava cheia e de portas abertas a todos. As rodas de conversa eram garantia de boas histórias e muitas risadas.
Líder nato, foi um importante integrante da cena política local. Agregador, patriarca e entusiasta, sempre foi referência para todos.
Lutou incansavelmente para que o município se tornasse uma potência no noroeste mineiro.
Faleceu em 31 de maio de 2017, deixando um grande legado e muita saudades.
Em sua homenagem, o auditório da nova sede do Poder Executivo recebeu seu nome. (Texto informado pela família)
Bonfim, ontem e hoje

Eu vou contar pra vocês
Um pouco do meu Bonfim
Com muita simplicidade
Sua história começa assim…
As margens do Ribeirão das Almas
Crescia um pequeno povoado
Denominando-se mais tarde
Santo Antônio do Roçado.
Atraídos pela cultura
Vieram grandes heróis
Gente de muita gravura
Como o Bandeirante Fróis.
Chegavam novos moradores
Nas terras do Grande Sertão.
Não tinha estradas nem tratores
Unindo dois extremos, carro de boi e avião.
De Paracatu e região
Vinham nobres fazendeiros
Na pensão de Dona Dina
Hospedavam barões e companheiros.
Para o pequeno povoado
E para o povo pioneiro
Chegava com grande alegria
Um padre novo do estrangeiro.
Frei Humberto chegando à igreja
Para sua missa celebrar
Logo dizia aos fiéis
Homem pra lá, muié prá cá.
Considerado o pai da pobreza
Seu lema é fé, amor e caridade
Damos-lhe o título de nobreza
Por tanta dedicação e lealdade.
Filtro, leite, cobertor
Carda e roda de fiar
Doando com muito amor
Colocando o povo pra trabalhar.
Festa das Lajes, que alegria!
Louvor ao Santo Antônio padroeiro
Carro de boi, barraca e cavalaria
Comunidade do povo hospitaleiro.
É com fervor a homenagem
Dos fiéis em procissão
O cavaleiro traz a imagem
Do Santo de sua devoção.
Realizava as festas do padroeiro
Seu povo simples e cordial
Homenageiam ao santo os seresteiros
Em frente à igreja de estilo colonial.
Seis de agosto! Louvor ao Senhor do Bonfim
Tem na pracinha do Gonçalo
Mascateiros, pagodes, casamentos
E muitas brincadeiras, enfim.
É Bonfim! Quantas marcas ficaram no tempo!
As passagens deste pequeno chão
Nunca sairão do pensamento
Da memória e do coração.
Hoje seus filhos falam e não mudam o tom
Se alegram com festas juninas
Serestas, piadas, moda de viola,
E pega fogo no famoso Carnabom!
Jovens vivem com ousadia
Com experiência vive o velho contente
Construímos uma linha do tempo
Unindo assim passado e presente.
Povo humilde que se diverte,
Sorri, chora e encanta
Não se abala com qualquer coisa não
Tropeça, cai e levanta
Porque tem fé em Deus e o amor no coração!
Segura Bonfim!
Texto: Nílvia Luiz Brandão
Luiz Graciano de Souza
Nascido em 06 de fevereiro de 1923, filho de Antônio Graciano de Souza e Maria Pereira de Souza, veio de São Gonçalo do Abaeté-MG para esta região, em busca de terras boas para plantar, assim como tantas outras pessoas que vieram e aqui formaram novas famílias.
Casou-se com dona Afonsina e tiveram 14 filhos e ainda criaram cinco netos, com toda a dedicação e cuidado, com as graças de Deus.
Mesmo analfabeto, instalou-se no distrito de Fróis (antigo nome de Bonfinópolis de Minas), iniciando suas atividades em um pequeno comércio, fazendo parte do crescimento e desenvolvimento do município.
Homem simples, mas, mesmo com pouca instrução já empreendia com grande sabedoria, com todas as dificuldades, viveu além do seu tempo.
Na instalação de energia no município, acolhia em sua casa os trabalhadores das firmas, porque acreditava no desenvolvimento de nossa terra.
Quando o distrito de Bonfinópolis de Minas iniciava os primeiros passos do progresso, o senhor Luiz Graciano comercializava gasolina em tambores para a comunidade que, na época, contava com apenas dois carros, um de propriedade de Bejamin Loscha, que abastecia o distrito com produtos alimentícios, e o outro veículo, do senhor João Bateia, que trazia produtos diversos.
Participou ativamente do processo de desenvolvimento da cidade, iniciando com Lajes, Cambaúba e depois Bonfinópolis de Minas.
Morreu aos 80 anos, deixando muita saudade para seus amigos e familiares.
(Texto informado pela família)
Bonfinópolis de Minas -“BOM DE VIVER”

Aqui neste canto da terra,
encravado em meio as serras
onde toda beleza se encerra
no seu povo…
Povo ordeiro, fraterno,
humilde e hospitaleiro,
sua gente é orgulhosa
da forma laboriosa,
que constrói o seu dia-a-dia
mostrando simpatia…
Nos gestos e jeito de ser,
no sorriso e na alegria
que atrai os visitantes,
que quando vai…
nunca é como antes,
leva sempre do “Bonfim”,
a imagem de um lugarzinho
que igual não pode ter,
não é uma grande metrópole
mas é sim…
melhor lugar pra se viver.
Texto: Sebastião de Mello em 26/01/2011
Agradecimentos: